O desembargador José Ale Ahmad Neto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, negou, nesta quarta-feira (10), habeas corpus ao ex-vereador Claudinho Serra (PSDB). Com a decisão, o tucano vai continuar preso pelos supostos desvios milionários na Prefeitura Municipal de Sidrolândia na gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camillo (PP).
O ex-secretário municipal de Fazenda em Sidrolândia é acusado de liderar uma organização criminosa para desviar recursos públicos e ainda de manter o esquema, mesmo de tornozeleira eletrônica desde maio do ano passado. Ele foi preso na 4ª fase da Operação Tromper, deflagrada na última quinta-feira (5).
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Serra foi preso no apartamento localizado no Jardim dos Estados, uma das áreas mais nobres de Campo Grande, e encaminhado para o presídio. Ele passou por audiência de custódia na sexta-feira (6) e teve a prisão preventiva mantida pelo juiz Albino Coimbra Neto.
Réu por organização criminosa, peculato e fraude em licitações em Sidrolândia, Claudinho foi alvo de nova fase da Operação Tromper, que mira contratos de R$ 20 milhões. De acordo com o GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção), houve pagamento de propina para agentes públicos e desvios em outros contratos, como de pavimentação. Também foram presos o ex-assessor de Claudinho, Carmo Name Júnior, e o empresário Cleiton Nonato Corrêa, da GC Obras de Pavimentação.