A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), enfrentou vaias ao participar da abertura da tradicional festa de Santo Antônio, padroeiro da Capital, e sentiu na pele o reflexo da política de impor o custo da crise à população e não aos abonados. Já a ministra do Planejamento, Simone Tebet, sofreu vaias no aniversário de Três Lagoas, sua terra natal.
Ao participar da abertura da festa junina na última quinta-feira (12), Adriane desistiu de discursar após ser vaiada por parte do público na Praça do Rádio. O padre Wagner Divino, pároco da Catedral de Santo Antônio, anunciou a presença da prefeita e tentou amenizar o constrangimento.
Veja mais:
MPE cobra Adriane sobre ambulâncias paradas e R$ 1,9 milhão em aluguel de veículos para Samu
Adriane deixa ambulâncias novas paradas e deputados furiosos com R$ 1,9 mi em aluguel
Empresa contratada por Adriane para locação de ambulâncias é de MG e recebeu R$ 1,4 milhão
“A ação de vocês não é o que está em seus corações”, reagiu o padre diante do constrangimento enfrentado pela prefeita. Adriane fez acenos tímidos à multidão e foi deixando o palco sem usar o microfone.
A prefeita é considera ruim ou péssimo por 50% dos eleitores da Capital, enquanto apenas 25% a avaliam como ótima e boa, segundo a última pesquisa do Instituto Ranking Brasil Inteligência.
Adriane colhe os frutos da política implementada após ser reeleita, como a de negar o pagamento à Santa Casa, que até virou caso polícia devido ao risco de morte de pacientes por falta de insumos, mas reajustar o próprio salário em 66%, de R$ 21,2 mil para R$ 35,4 mil, e dos secretários em até 159%.
Retomada de obra bilionária
Natural de Três Lagoas e prefeita da cidade por dois mandatos, Simone é a primeira três-lagoense a virar ministra de Estado. No entanto, a recepção não foi calorosa. Parte dos participantes do desfile de aniversário da cidade vaiaram a ministra no último sábado.
A ministra não se intimidou e manteve o discurso para anunciar a retomada da fábrica de fertilizantes na cidade. O Governo Lula (PT) colocou a indústria como prioridade da Petrobras e deve concluir a obra com investimento previsto de R$ 3,5 bilhões.