A CPI do Consórcio Guaicurus na Câmara Municipal de Campo Grande decide na próxima segunda-feira (23) sobre o pedido do empresário Paulo Constantino para ser dispensado de prestar depoimento. O sócio-proprietário do grupo de empresas que controla o transporte coletivo da Capital apresentou atestado médico e não apareceu na sessão de quarta-feira (18), quando deveria ter sido ouvido.
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, Dr. Lívio Leite (União), sinaliza que a tendência é de que o chefão do Consórcio seja liberado de uma nova convocação. “Vamos deliberar na reunião fechada na segunda assim como outros requerimentos. Não acredito que ele tenha a acrescentar de forma prática pros fatos determinados. A oitiva do diretor administrativo Leonardo pra mim foi bastante elucidativa”, afirma.
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Além de Lívio, compõem a comissão os vereadores Junior Coringa (MDB), que atua como corregedor; Ana Portela (PL), relatora; Maicon Nogueira (PP) e Luiza Ribeiro (PT).
O diretor-presidente do Consórcio, Themis de Oliveira, concluiu a terceira fase de investigações da CPI. No comando do grupo de empresas desde janeiro deste ano, Themis informou que recorreu da decisão da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) que determinou a troca de 98 ônibus velhos que estão com idade acima do permitido em contrato.
Themis reafirmou que o grupo formado pelas empresas Cidade Morena, Campo Grande, Jaguar e São Francisco não tem condições de comprar novos ônibus sem contrapartidas da prefeitura, e muito menos dentro de 30 dias, já que são necessários mais de 200 dias para a entrega dos veículos prontos.
Na segunda-feira (16), foram ouvidos o ex-diretor-presidente do Consórcio Guaicurus João Resende, e o diretor jurídico-administrativo do grupo, Leonardo Dias Marcello. Ambos afirmaram que os investimentos no sistema de transporte coletivo de Campo Grande foram paralisados devido à ausência de revisão contratual por parte da Prefeitura de Campo Grande.
Na próxima quarta-feira(25) será realizada audiência pública no plenário da Câmara Municipal, a partir das 13h, quando os usuários do transporte público da Capital poderão contribuir com suas declarações para a Comissão Parlamentar de Inquérito.