A deputada federal Camila Jara (PT) lamentou a decisão do Congresso Nacional e afirmou que o aumento da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) apenas iria atingir os mais ricos, fazer justiça fiscal e garantir investimentos em saúde e educação. Já os bolsonaristas festejaram a derrubada do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), porque reduz recursos e obriga o petista a adotar medidas impopulares, como o corte de gastos.
Em postagem nas redes sociais, a petista procurou ser didática para deixar claro que o Congresso Nacional atua para proteger os mais abastados e não toda a população brasileira.
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“Enquanto o Governo Federal tenta organizar as contas públicas cortando gastos e propondo medidas justas, a Câmara dos Deputados decidiu derrubar um decreto que aumentaria a cobrança para os milionários”, lamentou Camila. Ela citou como exemplo a redução da alíquota do IOF sobre compras internacionais, que era de 6,48% na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e seria reduzida para 3,5%.
“O Decreto do IOF visava corrigir um problema histórico do Brasil. Quem ganha mais, no nosso País, paga menos impostos graças a diversas manobras. O Ministério da Fazenda queria igualar as regras do jogo e equilibrar a cobrança de quem usa fundos exclusivos de previdência para driblar tarifas e das mega cooperativas que tomam milhões em empréstimos e pagam alíquotas menores do que você e eu”, explicou.
“Com a aprovação do Projeto de Decreto Legislativo essa conta vai continuar sobrando para você”, alertou a deputada federal. “Parte da motivação dos deputados para derrubar o decreto está ligada ao interesse em garantir mais recursos para suas próprias emendas parlamentares, que muitas vezes beneficiam grupos específicos e perpetuam privilégios, em vez de priorizar os investimentos que realmente fazem diferença para a população”, afirmou.
“Os R$ 12 bilhões vão fazer falta em áreas como saúde e educação. Com esse valor, seria possível contratar especialistas para suprir a falta de profissionais, equipar unidades básicas de saúde que não têm ambulância, concluir obras importantes do PAC em creches (CEINF) que estão paralisadas, além de melhorar a infraestrutura das escolas públicas. Porém, com a decisão do Congresso de derrubar o decreto do IOF, esses avanços ficam mais distantes”, lamentou.
Menos impostos
Já os deputados federais Beto Pereira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP) e Rodolfo Nogueira (PL) e a senadora Tereza Cristina (PP) celebraram a derrota de Lula. “Rejeitamos no @SenadoFederal o decreto de Lula 3 que elevava o IOF. Essa é uma vitória da população brasileira. Não vamos permitir aumento de impostos”, bradou a ex-ministra da Agricultura na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
“Aprovamos hoje, na Câmara, o meu PDL que derruba o aumento do IOF imposto pelo governo. Em um país onde o custo de vida só aumenta, não podemos permitir que o cidadão pague ainda mais imposto por conta da irresponsabilidade fiscal de quem governa”, bradou Rodolfo.
“Ontem, o Congresso deu uma resposta clara ao desgoverno que insiste em colocar a conta nas costas do trabalhador. Conseguimos derrubar o aumento do IOF, um imposto injusto que atingiria justamente quem mais precisa de crédito para empreender, comprar, crescer”, defendeu Dr. Ovando.
“Enquanto o governo gasta sem limites, quer compensar com mais tributos. Mas o Congresso não será mais complacente com essa lógica perversa. Se o governo não tiver responsabilidade com os gastos, nós teremos com o povo!”, afirmou o deputado.
Beto Pereira também festejou a derrubada do decreto do petista. “A população não pode pagar essa conta”, afirmou o tucano.