O Ministério Público Estadual rejeitou oferecer acordo a Edmilson Rosa, 56 anos, e o empresário denunciado na Operação Tromper 3 vai a julgamento no próximo mês de setembro acusado de possuir um revólver calibre 38 e munições sem registro. A arma foi encontrada durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, em abril do ano passado, durante a ofensiva do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
A defesa do empresário nega a acusação, diz que ele é inocente e buscou acordo de não persecução penal com o MPE. O órgão, entretanto, deixou de oferecer uma proposta, com a justificativa de que o denunciado “é pessoa voltada à prática de delitos”.
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“De outro norte, os argumentos trazidos pelo Parquet de piso para negar a avença possuem legitimidade, eis que, analisando a certidão de antecedentes criminais de fls. 94-101, verifica-se que o acusado possui em seu desfavor investigações criminais, e por tal razão o Ministério Público entende que a concessão do acordo é inadequada, eis que há indícios de que o réu possui personalidade voltada para a prática de ilícitos penais, fazendo com que o aventado acordo não se mostre suficiente e necessário à prevenção e repressão do fato”, reforçou o Procurador-Geral de Justiça, Romão Avila Milhan Junior.
Conforme a denúncia, policiais militares em apoio a Operação Tromper durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência Edmilson Rosa, localizaram no quarto dele um revólver calibre 38, marca “Rossi”. Ao ser questionado acerca da documentação e a devida posse, o empresário informou que não possui o registro da arma.
Toda a revista foi acompanhada pelo advogado Félix Jaime Nunes da Cunha, pelo promotor de justiça Humberto Lapa Ferri e por duas testemunhas. Edmilson foi então preso em flagrante.
O juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal de Campo Grande, marcou a audiência de instrução e julgamento para o dia 25 de setembro, às 13h30. Nesta data, serão ouvidas as testemunhas arroladas pela acusação e defesa, realização de diligências requeridas pelas partes e, por fim, o interrogatório do réu.
O empresário Edmilson Rosa, denunciado na Operação Tromper 3, também responde a denúncia por possuir um revólver calibre 38 da Taurus com numeração raspada, além de um coldre de couro com três munições.
O juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, aceitou a denúncia em janeiro deste ano. O empresário, porém, não foi localizado e teve de ser representado pela Defensoria Pública. Só neste mês de maio, foi informado que o advogado Félix Jayme Nunes da Cunha assumiu o caso.