A deputada federal Camila Jara (PT) decidiu comprar briga com o mais pop dos bolsonaristas, o mineiro Niokas Ferreira (PL), que criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por propor o aumento dos impostos dos mais ricos. A petista acusou o deputado bolsonarista de confundir o eleitor para defender os milionários e manter a maior carga de tributos sobre os mais pobres.
“Nikolas quer confundir você mais uma vez. Não Nikolas, essa não é uma guerra de nós contra eles, é uma questão onde a solidariedade deve prevalecer sobre o egoísmo”, rebate, sobre o deputado mineiro criticar a esquerda por promover uma guerra dos ricos contra os pobres, dos ateus contra os cristãos.
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“Você acha justo uma professora ou uma empregada doméstica pegar ônibus lotado todo dia, passar mais de quatro horas no transporte público, pagar mais impostos que uma pessoa que já nasceu milionária e que anda de jatinho para baixo e para cima?”, questiona sobre a defesa do parlamentar.
Na rede social, Camila tenta se didática para justificar a contestação de Nikolas. “A verdade é dura: hoje, o sistema tributário brasileiro é um dos mais injustos e desiguais do mundo. Cobra muito de quem tem pouco e quase nada de quem tem muito patrimônio”, explica.
“Eles tentam lhe dizer que quem quer mudar o jogo está errado, mas nos países ricos que eles defendem, a cobrança sobre fortunas é muito maior. Só aqui o povo paga mais imposto no arroz e feijão do que o bilionário paga sobre o próprio jatinho”, destaca.
“63% da riqueza do país está concentrada nas mãos de apenas 1% da população. E, se aprovássemos a taxação de bilionários, isso afetaria apenas 50 pessoas no país inteiro. Nikolas sabe, ele só escolhe não te contar”, desdenha a petista.
“Tudo isso tem um motivo: quando você sabe seus direitos, você não aceita mais injustiças. Mas um povo ciente é tudo que eles não querem. Quem faz parte do topo tenta confundir o debate, mas os dados são claros: só vamos melhorar a vida da maioria se enfrentarmos a concentração absurda de riqueza, aprovando a tributação mínima dos super-ricos e isentando quem ganha até R$ 5 mil”, defendeu.