Com o novo plano de equilíbrio fiscal, Adriane Lopes (PP) vai deixar os 30 mil servidores municipais sem reajuste por mais dois anos. Como o funcionalismo está sem reajuste linear pelo 3º ano consecutivo, isso significa que o castigo vai durar, pelo menos, cinco anos, contrariando o discurso de campanha.
No entanto, a prefeita não suspendeu o reajuste no próprio salário, que será de 66% em três anos. O subsídio da chefe do Poder Executivo passará de R$ 21.263,62, pago até março deste ano, para R$ 35.462,22 em abril de 2027.
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O valor do subsídio da prefeita de Campo Grande passará a ser o 6º maior do País entre os prefeitos das Capitais, Antes do reajuste, o valor era o 24º – ou seja, era o 3º menor entre os administradores das capitais.
Adriane só vai receber menos do que os prefeitos de São Paulo (R$ 38.039,38), Palmas (R$ 37.627,28), de Porto Velho (R$ 37.366,93), de Florianópolis (R$ 35.823,60) e Rio de Janeiro (R$ 35.60827).
Prefeitos de cinco capitais recebem menos de R$ 25 mil por mês. O menor salário é do prefeito de Teresina (PI), com R$ 17.609,57, e Vitória (ES), com R$ 19.217,22).
Na campanha eleitoral, Adriane prometeu valorizar os servidores. Reeleita e empossada, ela deu reajuste de 159% aos secretários municipais e de 100% para a vice-prefeita, Camilla Nascimento de Oliveira (Avante), e ainda retomou pagamento das gratificações, que ficaram conhecidas como “folha secreta” nas eleições do ano passado, que engordam o vencimento do primeiro escalão e parentes em até 119%.
Primeira mulher eleita no voto para assumir a prefeitura e missionária da Assembleia de Deus Missões, Adriane Lopes só impôs sacrifícios aos servidores detentores dos menores salários. Por que será?