Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e cotado pra disputar a presidência da República em 2026, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) criticou a senadora Tereza Cristina (PP) por ter defendido a aprovação da Lei da Reciprocidade. Na avaliação do herdeiro bolsonarista, a medida deu oportunidade para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentar Donald Trump e falar em nome dos brasileiros.
A ex-ministra da Agricultura na gestão Bolsonaro foi relatora do projeto de lei no Senado e celebrou a aprovação da Lei da Reciprocidade em abril deste ano. Na ocasião, ela enfatizou que traz proteção ao Brasil.
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“Se o diálogo não avança, temos instrumentos para dizer: ‘Vamos quebrar uma patente, vamos discutir a propriedade intelectual de alguns produtos’. Espero que nunca aconteça. É como ter um porte de arma: você não precisa usá-la (…). Mas todo mundo sabe que você tem”, afirmou a senadora, logo após a aprovação da Lei da Reciprocidade.
“O Senado aprovou hoje, por unanimidade, projeto da reciprocidade tarifária, do qual sou relatora, que prevê medidas de resposta a barreiras comerciais impostas por outros países a produtos brasileiros”, festejou Tereza Cristina.
Nesta segunda-feira (14), em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Eduardo Bolsonaro criticou os deputados e senadores de direita que aprovaram a Lei da Reciprocidade e citou Tereza, que é cotada para ser candidata a vice-presidente na eventual chapa de Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“O Congresso aprovou lei inócua. E me causa estranheza gente da direita apoiar o projeto de lei da reciprocidade, porque ainda dá oportunidade de o Lula dizer que está agindo em nome das instituições brasileiras, do povo brasileiro inteiro, porque foi um projeto aprovado com o apoio de muita gente da direita. Um projeto que teve a iniciativa da senadora Tereza Cristina”, lamentou Eduardo.
Ele defendeu a manutenção e até aumento na tarifa de 50% aos produtos brasileiros, mesmo que isso quebre a economia, porque o mais importante é o fim das ações judiciais contra o pai. Ele ainda defendeu mais ações contra o Brasil e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.