Expoente da extrema direita e um dos principais caciques bolsonaristas em Mato Grosso do Sul, o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP) não era tão jovem quando se filiou ao PPS, sucessor do Partido Comunista Brasileiro. Conforme registro da Justiça Eleitoral, o médico cardiologista só se filiou à sigla de esquerda em 3 de outubro de 1997, quando tinha 48 anos de idade.
Para atacar O Jacaré, que o colocou como “ex-comunista”, o parlamentar afirmou, em nota de repúdio, que foi filiado ao PPS na juventude. “Sim, quando jovem, num tempo de inquietações e sonhos revolucionários, fui filiado ao antigo PPS — algo que jamais escondi”, afirmou o Dr. Ovando.
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Conforme informações do Cidadania, nova denominação do PPS, o deputado bolsonarista foi filiado ao partido por 14 anos, entre 3 de outubro de 1997 e 17 de junho de 2011. Nesse período, ele foi candidato a vereador na Capital, deputado federal e vice-prefeito na chapa liderada pelo advogado Carmelino Rezende no ano 2000.
“Trata-se de um tipo de jornalismo raso, desonesto e mal-intencionado, típico de quem tenta apagar o presente distorcendo o passado”, atacou o deputado, que agora se diz evangélico e defende a coerência “sem trair a verdade”.
“Hoje, aos 75 anos, defendo a liberdade, a propriedade, a ordem, a fé e os valores que sustentam as grandes nações — e nisso, sim, reconheço a força dos Estados Unidos. Isso não é contradição. É coerência de quem amadureceu sem trair a verdade”, afirmou o parlamentar.
“Exaltar os fundamentos da democracia liberal — como o respeito às liberdades individuais, à propriedade, ao empreendedorismo e à ordem constitucional — não significa submissão ideológica. Ainda mais sendo filiado a um partido conservador que representa, com clareza, minhas convicções. Trata-se, sim, de admiração por valores universais que inspiram qualquer sociedade verdadeiramente livre”, afirmou Dr. Ovando. “Lamento que ainda existam aqueles que, por covardia ou conveniência, tentem reescrever biografias alheias para compensar a ausência de conteúdo próprio”, afirmou o deputado, que tenta negar fatos da sua própria história, seguindo a trajetória da maioria dos políticos brasileiros.