Albertino Ribeiro – O economista Paul Krugman, prêmio Nobel de 2008, elogiou o Pix em um artigo publicado no site Substack. Segundo Krugman, o Brasil inventou o futuro do dinheiro.
Ao falar sobre as vantagens do PIX, o laureado economista ressalta que o parlamento americano aprovou um projeto de lei que impede o Banco Central americano de criar moeda digital semelhante ao sistema brasileiro.
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Nos EUA funciona, poderia dizer, como se fosse um rascunho do PIX; apenas alguns poucos bancos participam do sistema e a liquidação das transações não é automática, às vezes leva até cinco dias para se efetivar. Isso mesmo, leitor! O Brasil está muito à frente do sistema bancário americano.
O interessante é que essa comparação deixa vulnerável uma das grandes falácias neoliberais, de que o Estado, não importa de qual país, é ineficiente por natureza, sendo o mercado mais eficiente e também promovedor do bem-estar social. Por que foi uma autarquia federal repleta de servidores públicos que inventou o Pix? Por que não foi a iniciativa privada que criou um sistema tão inteligente e eficiente? É, leitor. Vivendo e aprendendo, não é mesmo?
Segundo um artigo de Marlon Tseng, CEO da empresa Pagsmile, “dados recentes do Banco Central revelam uma queda expressiva no uso do papel-moeda: em apenas três anos, o percentual de transações em dinheiro físico caiu de 83,6% (2021) para 68,9% (2024). Mais revelador ainda é que, atualmente, somente 22% dos brasileiros consideram o dinheiro vivo seu principal meio de pagamento — em 2021, esse percentual era de 42%.”
Toda essa revolução é graças ao Pix, um produto eficiente e de baixo custo, criado por um banco estatal em que a eficiência e produtividade faz inveja a qualquer empresa do setor financeiro mundial.
Para o CEO da Agsmile, para as empresas, os benefícios do Pix são claros: redução de custos com manuseio de dinheiro, menos vai-e-volta do banco, maior segurança, menos fraudes e integração mais eficiente entre os sistemas financeiros e plataformas de gestão. Para o consumidor, conveniência e transparência são as palavras de ordem.
Pois é, leitor; o Pix caiu nas graças de todo o povo brasileiro, rico, pobre ou classe média, mostrando para os neoliberalóides de plantão que sua teoria esbarra com a realidade, provocando-lhes dissonância cognitiva.