O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ignorou a comissão de senadores, integrada por Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP), e manteve o tarifaço de 50% para diversos produtos brasileiros. No documento, que confirma a taxação a partir do dia 6 de agosto deste ano, o americano deixa claro que a medida tem o objetivo de salvar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No documento, Trump cita as ações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que mantém a ofensiva contra a proliferação de fake news e a trama golpista comandada por Bolsonaro. Ele insiste na linha de que há perseguição política contra o ex-presidente.
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Na tentativa de demover Trump e mostrar que o Governo Lula (PT) não estaria tentando reverter a medida, Nelsinho e Tereza Cristina viajaram aos Estados Unidos. No entanto, só conseguiram se reunir com nove senadores, sendo oito democratas e um republicano, que já contestam as decisões do presidente americano.
“Nós não temos como negociar porque a gente não é do Executivo, a gente é do Legislativo. O que fizemos foi abrir canais e caminhos para que essa relação pudesse ser azeitada e, com isso, facilitar na frente novas tratativas de diálogo”, afirmou Nelsinho Trad, que preside a missão, durante entrevista coletiva em Washington, capital norte-americana.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) já havia antecipado que Trump não ouviria os senadores brasileiros. Ele admitiu inclusive que vinha boicotando o encontro dos parlamentares com os republicanos.
Tereza Cristina tentou capitalizar politicamente as negociações realizadas pelo Governo federal, que conseguiu excluir do tarifaço alguns itens, como aviação civil e salvou a Embraer, e suco de laranja. Ela chegou a falar ao Correio do Estado que a medida era uma vitória da comissão de senadores.
Os senadores encerram a visita aos Estados Unidos nesta quarta-feira.