Os petistas de Mato Grosso do Sul responsabilizaram o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) pelo tarifaço de 50% imposto pelo presidente Donald Trump contra produtos brasileiros. Eles compartilharam vídeo em que o filho de Jair Bolsonaro (PL) é acusado de ser terrorista e de sabotar todo o País para a família ficar impune pelos seus crimes.
“Ontem, Trump assinou o decreto para impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, tentando transformar jogo de poder econômico em crise política mundial. Mas, na prática, deixou de fora da lista mais de 700 produtos do Brasil”, pontuou a deputada federal Camila Jara (PT), que classificou as medidas do americano como “tarifinha”.
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O motivo do deboche é que Trump ameaçava taxar todos os produtos brasileiros, mas acabou isentando mais de 700 produtos, inclusive a celulose e o ferro-gusa de Mato Grosso do Sul. “Um recuo que reduziu o impacto das promessas de Trump e tranquilizou até mesmo a família que causou tudo isso. A estratégia de Trump vendida como tentativa de reindustrialização do seu país já é vista por muitos especialistas como um ‘suicídio econômico’”, avaliou.
Já o deputado estadual Pedro Kemp e o superintendente do Patrimônio da União, Tiago Botelho, compartilharam vídeo em que Eduardo é comparado a um sequestrador. “Parece uma família de terroristas sabotando todo um país para se safar de seus crimes”, diz o vídeo.
“Eduardo Bolsonaro conspira contra o Brasil nos EUA. Deve ter seu mandato cassado pela Câmara dos Deputados. Ameaçar nossa soberania? Aqui não, jacaré!”, defendeu Kemp. O Jacaré só ficou na dúvida por que foi citado pelo petista, como assim deputado?
Já Botelho vaticinou de que “nada poderá mudar o futuro de Jair Bolsonaro”. Na avaliação do petita, mesmo com a aplicação da “Lei Magnitsky” por Trump contra o ministro Alexandre de Moraes, que alegou não ter contas nem bens nos Estados, o ex-presidente será condenado pela tentativa de golpe e por outros crimes que vem sendo denunciado pelo MPF.
Soberania
Camila voltou a citar a soberania brasileira, repetida a exaustão por Lula desde que houve início as ameaças de Trump. “Mas, por trás desse teatro, o que ele tenta mesmo é ditar regras onde não tem autoridade. Dessa vez, ele encontrou do outro lado um país que não abaixa a cabeça”, disse.
“O Brasil não é espectador. Somos potência, e sabemos o nosso tamanho. Liderados por Luiz Inácio Lula da Silva, negociaremos como o país que somos. Um país que tem dimensão, soberania, influência e, acima de tudo, tem povo”, concluiu a deputada.