O Governo do Estado divulgou nota para condenar, publicamente, o grito de guerra dos novos soldados da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, que propagam a violência, a morte e a tortura. No texto, por meio da assessoria, o governador Eduardo Riedel (PSDB) determinou a “adoção imediata das providências cabíveis, com rigorosa apuração dos fatos e aplicação das sanções legais previstas”.
“A Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul lamenta o ocorrido e esclarece que o episódio consiste em uma manifestação isolada, não representando os valores, princípios e o padrão institucional da corporação”, informa a assessoria de imprensa.
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Em vídeo, os soldados da 38ª turma do curso de formação gritam: “Bate na cabeça, espanca até matar. Arranca a cabeça e joga ela pra cá. O interrogatório é muito fácil de fazer. Eu pego vagabundo e bato nele até morrer”.
“A expressão utilizada não foi criada pela instituição e tampouco faz parte de seus protocolos oficiais. A preparação do efetivo inclui disciplinas voltadas à valorização da vida, respeito às minorias e atuação comunitária”, destacou o Governo.
“O Governo de Mato Grosso do Sul enfatiza que forma policiais para defender a sociedade, a vida, a segurança e a paz”, afirmou.
O caso repercutiu nas redes sociais e grupos de aplicativos. Alguns concordam com o grito de guerra de que a PM deveria atuar para “matar” e “bater até morrer”. Outros lamentaram a violência e condenaram a apologia à tortura.
Ex-presidente do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Marçal de Souza, Giselle Marques, cobrou a punição dos responsáveis e se ofereceu para ministrar aula sobre direitos humanos aos novos recrutas.
Confira a nota na íntegra:
“O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul manifesta publicamente seu repúdio a quaisquer condutas que incentivem a violência, e determinou a adoção imediata das providências cabíveis, com rigorosa apuração dos fatos e aplicação das sanções legais previstas.
A Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul lamenta o ocorrido e esclarece que o episódio consiste em uma manifestação isolada, não representando os valores, princípios e o padrão institucional da corporação. A expressão utilizada não foi criada pela instituição e tampouco faz parte de seus protocolos oficiais. A preparação do efetivo inclui disciplinas voltadas à valorização da vida, respeito às minorias e atuação comunitária.
O Governo de Mato Grosso do Sul enfatiza que forma policiais para defender a sociedade, a vida, a segurança e a paz.
Atenciosamente,
Assessoria de Imprensa”