O grito de guerra de novos soldados da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul causou polêmica nesta quinta-feira (31). “Bate na cara, espanca até matar. Arranca a cabeça e joga ela pra cá”, bradavam os policiais no encerramento do curso de formação da 38ª turma da corporação
Para a advogada Giselle Marques, que já foi presidente do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Marçal de Souza, é uma apologia a tortura. “Esta é a lição que os jovens recém aprovados em concurso público estão aprendendo na Escola de Formação da Policia Militar”, lamentou.
Veja mais:
Além da fuga de empresas, Centro sofre com o abandono e falta de segurança
Falta de estacionamento e online ofuscam Reviva e Centro perde 2,5 mil lojas em sete anos
Para secretário, a recuperação do comércio no Centro depende de “grande união de esforços”
A turma é formada por 427 novos policiais, sendo 291 homens e 136 mulheres. Eles vão trabalhar nos pelotões do interior, distribuídos por Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Aquidauana, Coxim e Jardim.
No vídeo, que viralizou nas redes sociais, os novos soldados gritam:
“Bate na cabeça, espanca até matar. Arranca a cabeça e joga ela pra cá. O interrogatório é muito fácil de fazer. Eu pego vagabundo e bato nele até morrer”, bradam os novos policiais.
O Jacaré procurou a assessoria do Comando Geral da PM, mas não houve manifestação até a publicação desta matéria.
A formação incluiu 1.554 horas de aulas teóricas e práticas, superando a chamada “semana zero”, fase em que muitos desistem por não se identificarem com a rotina militar.