A missão de senadores brasileiros no Estados Unidos, incluindo dois representantes de Mato Grosso do Sul, para tentar convencer o presidente Donald Trump a desistir do tarifaço de 50% aos produtos brasileiros custou R$ 476,5 mil. Do total, foram R$ 272,3 mil só em passagens. E nesta conta, o bilhete mais caro foi o do senador Nelsinho Trad (PSD): 52.242,69.
Os dados foram divulgados pelo site Poder 360. Já a passagem da senadora Tereza Cristina (PP) custou R$ 40,8 mil. Considerando a soma total, o maior custo individual dentre os oito parlamentares também foi de Nelsinho, com R$ 77,7 mil (passagem, diárias e seguro-viagem).
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O custo total de Tereza Cristina na missão americana ficou em R$ 66,4 mil. O site destaca que os senadores gastaram quase meio milhão de reais e o resultado foi quase nulo em termos financeiros. Os senadores não tiveram acesso a ninguém do alto escalão do governo Trump, fizeram contato com nove congressistas, mas nenhum com influência na Casa Branca.
Na plataforma de busca de passagens Google Flights, o Poder360 encontrou passagens de última hora de Brasília para Washington por cerca de R$ 4.100, na classe econômica, e por cerca de R$ 20.500 na executiva.
Em reposta, Nelsinho informou que os custos da missão seguem normas regimentais do Senado, com valores fixados por ato da Mesa Diretora. “As variações entre os gastos ocorrem conforme a origem e o deslocamento de cada parlamentar até Washington. A prestação de contas é pública e auditável”.
Nesta semana, Trump excluiu a celulose e ferro-gusa, que figuram entre os produtos mais exportados por Mato Grosso do Sul para os Estados Unidos. Contudo, o tarifaço atinge a carne bovina, que responde por 60% do total vendido no primeiro semestre deste ano pelo Estado para a terra do Tio Sam.