A crise na saúde e o reajuste de 66% no próprio salário, enquanto servidores amargam o 3º ano consecutivo sem reajuste linear, pioraram a popularidade da prefeita Adriane Lopes (PP): 55% classificam a sua gestão como ruim ou péssimo. Apenas 23% dos campo-grandenses avaliam a administração progressista como boa e ótima.
No geral, 72% dos eleitores da Capital desaprovam a gestão da afilhada da senadora Tereza Cristina (PP), um crescimento de sete pontos e além da margem de erro de 3% para mais ou menos. A constatação é da mais nova pesquisa do Instituto Ranking Brasil, realizado pela Rede Top FM, divulgada nesta segunda-feira (4).
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Os números da sondagem, que ouviu mil eleitores entre os dias 1º e 3 deste mês, mostram um cidadão furioso com a gestão da prefeita reeleita com o argumento de que teve pouco para administrar a cidade. Adriane deixou claro, em sete meses do segundo mandato, que impõe castigo a maior parte da população, enquanto poupa da “crise financeira” a sai própria e sua trupe.
O salário de Adriane terá aumento de 66% em três anos, passando de R$ 21.263 para R$ 35.462,22, enquanto a vice-prefeita Camilla Nascimento de Oliveira (Avante) terá reajuste de 100% e os secretários municipais de 159%. Além disso, o seleto grupo de privilegiados voltou a ser contemplado com penduricalhos, que eram pagos por meio da folha secreta e agora são publicados no site, mas não ficam disponíveis para o cidadão comum.
Pior prefeita
De acordo com o Instituto Ranking, 55% dos eleitores avaliam Adriane como ruim ou péssima. No início do mês passado, esse índice era de 50%. A impopularidade voltou a ser a mesma de março, quando 55% já a classificavam como ruim/péssima. Em setembro do ano passado, esse número era de apenas 32%.
Já o percentual de bom/ótimo voltou a cair, de 25% para 23% e atinge o menor patamar desde o ano passado. Em março, 24% avaliavam a gestão progressista como ótima/boa. Em setembro do ano passado era 30%, contra 35% em fevereiro de 2024.
O percentual de regular também voltou ao patamar de 18%, o mesmo registrado em março deste ano e abaixo de 21% de julho. Em fevereiro de 2024, 38% a classificavam como regular.
No geral, 72% desaprovam a gestão Adriane Lopes. Em relação a julho, quando o índice era de 65%, houve aumento de sete pontos. A aprovação caiu de 30% para 24%. Apenas 4% não souberam responder.
As causas da desaprovação
Conforme o Ranking Brasil, a principal causa da desaprovação é a crise na saúde. No topo das prioridades, estão os problemas na saúde (35%), falta de remédios, médicos e exames (27%), aumento do salário da prefeita (20,6%), a não construção do hospital municipal (20,40%) e não cumprimento de promessas de campanha (16,40%).
A situação da prefeita está tão feita, que ela acaba sendo responsabilizada até pelos problemas dos outros, como a inflação (14,20%), impostos estaduais e IPTU (11,9%), taxa de Donald Trump (9,40%).
Os buracos, que sumiram com o fim da temporada de chuvas, foram apontados por 9,20%. Isso significa que a situação pode piorar ainda mais, se isso for possível, porque a buraqueira pode voltar após as empresas suspenderem o serviço de tapa-buracos por falta de pagamentos.