Graças ao tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a popularidade do Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve melhora expressiva em Campo Grande, segundo pesquisa do Instituto Ranking Brasil. O percentual de eleitores que consideram o petista ruim ou péssimo despencou de 57% para 39% em um mês, enquanto bom/ótimo saltou de 25% para 32%.
De acordo com o levantamento, divulgado nesta segunda-feira (4), a aprovação geral do presidente da República deu salto espetacular entre julho e agosto, de 26% para 44%, enquanto a reprovação segue ladeira abaixo, oscilando de 70% para 52%.
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A pesquisa ouviu mil eleitores entre os dias 1º e 3 deste mês. A margem de erro é de 2,44% para mais ou menos. O levantamento aponta o melhor resultado para Lula desde setembro do ano passado, quando 35% o consideravam bom/ótimo.
O Ranking Brasil aponta uma reviravolta no mau humor do campo-grandense com o petista. Em março deste ano, 60% dos eleitores classificavam a gestão de Lula como ruim/péssima. Esse índice oscilou para 57% no início do mês passado. Agora, uma queda de 18 pontos percentuais, com 39% avaliando o atual presidente como ruim/péssimo.
Já o percentual de bom/ótimo ficou em 32%, contra 25% no mês passado. Em relação ao levantamento realizado no final de março deste ano, quando apenas 22% aprovavam o petista, houve um crescimento de 10 pontos percentuais. O número ainda está abaixo de 35% de setembro do ano passado, mas já supera os números de junho de 2024 (27%).
O índice de regular ficou em 25% neste mês, contra 14% no mês passado e 15% em março.
No geral, a aprovação do presidente Lula ficou em 44% na Capital. Houve um salto de 18 pontos percentuais em relação ao início de julho deste ano, quando apenas 26% o aprovavam. Em março, o percentual estava em 24%.
Já a desaprovação despencou de 70% para 52%, segundo o Instituto Ranking Brasil. Em relação a março, quando estava em 73%, houve redução de 21 pontos percentuais.
Para o cientista político Tony Ueno, os ventos viraram a favor do petista graças ao tarifaço de Donald Trump. Com a intenção de ajudar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a se livrar das ações judiciais e de qualquer condenação, o norte-americano impôs sanções à economia brasileira e deverá causar desemprego e queda nas exportações.
Na avaliação de Ueno, o campo-grandense aprovou a conduta de Lula, que assumiu o discurso em defesa da soberania nacional e de que não vai interferir no Supremo Tribunal Federal. Ele também aponta que a conduta do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que se gaba de articular contra o País para salvar o pai, foi reprovada por parte dos eleitores.
Na prática, até o momento, a ajuda de Trump foi um tiro no pé e mais ajudou do que prejudicou Lula. O petista ainda conseguiu ter popularidade melhor que a prefeita Adriane Lopes. O petista é aprovado por 32% (ótimo/bom), enquanto a afilhada da senadora Tereza Cristina (PP) só tem 23%.
A prefeita da Capital tem a gestão considerada ruim/péssimo por 55%, enquanto Lula só 39%. Os desafetos do petista, Dr. Luiz Ovando e Tereza Cristina só enxergam maravilhas da gestão progressista, enquanto veem o fim do mundo nas ações do petista.