Apesar da grave crise financeira da Prefeitura Municipal de Campo Grande, que só tem dinheiro para reajustar o salário da prefeita, Adriane Lopes (PP) excluiu sete obras de escolas municipais de educação infantil do programa federal “Pacto pela Retomada de Obras”. Algumas unidades serão concluídas com “recursos próprios”.
De acordo com o levantamento da Confederação Nacional dos Municípios, 38 obras em 20 cidades de Mato Grosso do Sul foram excluídas do programa federal. Isso significa que não terão recursos federais ou não serão concluídas.
Veja mais:
Apesar da crise, Adriane reconhece dívida de R$ 5 mi com radares e é cobrada pela Câmara
Crise na saúde e reajuste no salário pioram popularidade de Adriane: ruim/péssima para 55%
“O município com maior número de unidades excluídas do programa nacional é Campo Grande, com sete edificações. Miranda, Coxim e Bela Vista vêm em seguida, com quatro obras cada. Inocência, Amambaí e Camapuã têm duas”, informou o jornal Correio do Estado.
“Em Sidrolândia, Santa Rita do Pardo, Mundo Novo, Bonito, Iguatemi, Rio Negro, Dourados, Itaporã, Nioaque, Batayporã, Dois Irmãos do Buriti, Nova Andradina e Ponta Porã há uma obra desvinculada em cada localidade”, informou.
A Secretaria Municipal de Educação admitiu a exclusão e classificou como “repactuação de todas as obras que atendiam aos critérios técnicos do edital do Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica”.
Adriane resolveu concluir com recursos próprios as escolas dos bairros Anache, Popular, São Conrado e Oliveira 3. O estilo da prefeita, de rejeitar ajuda do Governo Lula (PT), para retomar e concluir as obras apesar da prefeitura enfrentar uma das crises financeiras mais graves da história.
Desde março vigora decreto de contenção de despesas e suspensão de pagamentos de adicionais, gratificações e direitos aos funcionários públicos. Os 30 mil servidores estaduais não recebem reajuste salarial, nem a reposição da inflação, há três anos e vão ficar mais dois.
É o jeito de administrar de Adriane, recusar ajuda do FNDE (Fundo Nacional da Educação) e se gabar de concluir com recursos próprios, enquanto impõe sacrifícios aos servidores, que vivem com salário defasado, e à população, que fica mais tempo sem obras necessárias, sem médicos e remédios nos postos de saúde, entre outros problemas.