Três meses depois de o governador Eduardo Riedel (PSDB) “bater o martelo” no leilão da Rota Celulose, realizado em 6 de maio na B3 (São Paulo), houve uma reviravolta. O consórcio K&G Rotas da Celulose, formado pela operadora de infraestrutura K-infra e pela corretora Galápagos, foi desclassificado.
“A Comissão Especial de Licitação – CEL, constituída pela Resolução “P” SEILOG n. 012, de 16 de maio de 2025, publicada no Diário Oficial Eletrônico n. 11.832, de 19 de maio de 2025, COMUNICA aos interessados o PROVIMENTO ao recurso apresentado pelo Consórcio Caminhos da Celulose, declarando o Consórcio K&G Rota da Celulose, INABILITADO, diante dos vícios identificados na documentação apresentada”.
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Na sequência, a administração estadual convocou o segundo colocado. O Consórcio Caminhos da Celulose, liderado pela XP Investimentos, deve apresentar os documentos de habilitação na próxima quarta-feira (dia 13), na sede da B3. No leilão, o consórcio apresentou 8% de desconto sobre a tarifa do pedágio e aporte de R$ 195.619.568,80.
O Caminhos da Celulose é formado pelas empresas XP Infra V Fundos de Investimentos e Participações, CDL Construtora, Laços Detetores Eletrônica, Conter Construções e Comércio S/A, Construtora Caiapó Ltda, Ética Construtora Ltda, Distribuidora Brasileira de Asfalto Ltda e Conster Construções e Terraplanagem Ltda.
O grupo vai administrar pelos próximos 30 anos os 870 quilômetros de trechos que abrangem as rodovias federais BR-262 e BR-267, além das estaduais MS-040, MS-338 e MS-395.
O projeto inclui 12 pórticos de pedágio distribuídos entre os municípios de Três Lagoas, Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Campo Grande, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Nova Andradina e Novo Alvorada do Sul.
Entre as principais melhorias previstas no contrato estão 115 km em duplicações de rodovias; 457 km em acostamentos; 245 km em terceiras faixas; 12 km em vias marginais; 38 km de contornos; urbanos, 25 acessos; 22 passagens de fauna; e 20 alargamentos de pontes.
Rodovia do Aço
Consórcio K&G, vencedor inicial do leilão com um desconto de 9% na tarifa-teto, teve sua qualificação técnica questionada após a anulação, pelo governo federal, do contrato de concessão da BR-393/RJ (Rodovia do Aço), no Rio de Janeiro, apresentado como comprovante técnico. O segundo colocado recorreu administrativamente pedindo a inabilitação do concorrente.