Apesar de acabar do prazo do afastamento, o conselheiro Osmar Domingues Jeronymo, do Tribunal de Contas do Estado, e os quatro desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul – Alexandre Bastos, Marcos José de Brito Rodrigues, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu da Silva – decidiram esperar a manifestação do Supremo Tribunal Federal. Só que o ministro Cristiano Zanin, relator do caso, ainda não se manifestou, mais de 24 horas do fim do prazo.
Os cinco foram afastados na Operação Ultima Ratio, deflagrada pela Polícia Federal no dia 24 de outubro do ano passado. O ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça, determinou prazo de 180 dias.
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O ministro Cristiano Zanin assumiu o inquérito em dezembro do ano passado. Em abril, ele prorrogou, inicialmente, o afastamento por mais 180 dias. Só que acabou recuando e reduziu para três meses. O prazo venceu ontem e o ministro do STF ainda não se manifestou se os cinco reassumem as funções ou prorrogará o afastamento mais uma vez.
Os desembargadores e o conselheiro decidiram adotar a cautela e vão aguardar o ministro. Em abril deste ano, eles aguardaram até o início da tarde e, como não havia manifestação de Cristiano Zanin, reassumiram as funções. No final do dia, o ministro manteve o afastamento e os investigados acabaram pagando um mico.
Desta vez, eles decidiram esperar, mas o ministro do STF ainda não se manifestou. Zanin não decidiu ainda nem se mantém o caso no STF ou desmembra em relação aos desembargadores do TJMS e do conselheiro do TCE. A investigação está praticamente empacada.
A PF investiga sete desembargadores e um conselheiro do TCE por corrupção, organização criminosa, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O escândalo vai completar dez meses sem qualquer sinalização do ministro.