Albertino Ribeiro – A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no último trimestre, um recorde histórico. Assim, estamos próximos ao que os economistas chamam de pleno emprego. Segundo os especialistas, um país está numa situação de pleno emprego quando a taxa de desocupação está em torno de 5%. Estamos chegando lá; falta pouco.
Contudo, o fato de uma economia estar em pleno emprego, não significa necessariamente que toda a população economicamente ativa está empregada, pois existem alguns fatores que impendem isso, como o desemprego friccional; trata-se de uma situação em que as pessoas estão se movimentando no mercado de trabalho, procurando um emprego melhor.
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Também existe a questão da baixa qualificação que impede que muitas pessoas consigam um emprego por não estarem aptas a exercerem determinadas atividades.
Destarte, mesmo que cheguemos ao pleno emprego, teremos ainda mão-de-obra à procura de emprego; trata-se de algo natural em um país capitalista.
Além da queda do desemprego, também temos outra boa notícia, principalmente para o Nordeste. Devido ao aumento da renda e do emprego, muitas pessoas, na região, estão deixando o benefício do Bolsa Família para trabalhar, inclusive, de carteira assinada.
Esse fenômeno é cada vez mais comum no Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco. Segundo artigo publicado no portal do economista Paulo Gala, o aumento do PIB está provocando uma revolução silenciosa em vários outros estados do Nordeste.
Notícias como estas derrubam o argumento de que o Bolsa Família faz as pessoas ficarem preguiçosas e, devido a isso, não querem trabalhar mais e só querem viver por conta das transferências do estado brasileiro. Essa fala é mais baseada em preconceito do que embasada na realidade.
Inclusive, existem pessoas que trabalham com carteira assinada e também possuem o Bolsa Família, pois o critério do benefício não é exatamente estar desempregado, mas é a renda per capita que define se uma família, por exemplo, é elegível ao programa.
Enfim, o Brasil vive um grande momento. Saímos do mapa mundial da fome e estamos caminhando para um patamar de pleno emprego, além da inflação estar sob controle.
Os detratores do governo não admitem isso, mas dificilmente admitirão, pois a questão não é racional; é uma questão que vem de entranháveis ódio e preconceito aos governos de esquerda.