As lideranças do PL e do Novo denunciaram a deputada federal Camila Jara (PT) pela agressão ao colega de parlamento, Nikolas Ferreira (PL), de Minas Gerais. Eles pedem a suspensão do mandato da petista por seis meses.
O pedido foi encaminhado diretamente à Corregedoria da Câmara dos Deputados. O deputado mineiro acusa a sul-mato-grossense de ter lhe atingido com um soco nas partes baixas. O deputado Rodolfo Nogueira (PL) foi mais claro: “ela deu um soco no saco do Nikolas”.
Veja mais:
Novo “Trutis”, Pollon recua sobre autismo e xinga imprensa de nojenta e hipócrita
Para escapar de punição por motim, Pollon alega que é autista e não estava entendendo nada
Esquerda sai na defesa de Camila e acusa Nikolas Ferreira de ter simulado agressão
Desde a confusão, marcada pelo fim do motim bolsonarista, na última quarta-feira, houve vários boatos envolvendo a deputada federal de MS. Inicialmente, a informação era de que ela constou da lista encaminhada à corregedoria pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos).
No fim de semana, a assessoria da Câmara e deputados de esquerda negaram a informação. Motta encaminhou o pedido de suspensão do mandato de 11 deputados, mas não incluiu Camila na lista.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), formalizou a representação por quebra de decoro parlamentar, incluindo um pedido de suspensão cautelar do mandato da deputada.
Ao Poder 360, a Corregedoria da Câmara encaminhou nota para explicar a confusão e confirmar a denúncia contra a petista:
“Em atenção a sua pergunta, sim, a Corregedoria recebeu um pedido das lideranças do PL e do Novo em desfavor da Dep. Camila Jara.
Provavelmente, a imprensa não tenha noticiado porque este processo foi entregue pelas referidas Lideranças diretamente à Corregedoria Parlamentar.
Sendo assim, não poderia constar da lista de processos encaminhadas pelo Presidente. Embora o início do processo tenha se dado de forma diversa dos demais casos, a tramitação, a partir da análise do Corregedor, segue o mesmo rito processual”, informou.
O corregedor encaminhará a denúncia para a Mesa Diretora da Câmara, que terá 45 dias para a análise e resposta de cada um dos 15 deputados. Em seguida, o caso será analisado pelo Conselho de Ética. Além de Camila, Marcos Pollon (PL) foi alvo de denúncia e pode ter o mandato suspenso.