Vice-presidente da Câmara Municipal, o vereador André Salineiro (PL) defendeu a “higienização” do legislativo após o ex-ministro José Dirceu (PT) ter participado da audiência pública sobre a retomada do transporte ferroviário em Mato Grosso do Sul. O motivo é que o petista foi condenado a 10 anos e 10 meses no escândalo conhecido como “Mensalão” pelo Supremo Tribunal Federal.
No entanto, Salineiro ignora o fato de estar no PL, partido comandado por Valdemar Costa Neto, deputado federal que também foi condenado no Mensalão a sete anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele teria recebido R$ 18 milhões para apoiar o PT em 2002, segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República.
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Valdemar renunciou ao mandato de deputado federal na época e ficou preso na Papuda, em Brasília, de 5 de dezembro de 2013 até 10 de novembro de 2014 até obter prisão domiciliar concedida pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF. Em maio de 2016, o atual presidente do PL obteve o perdão da pena reconhecido pelo supremo.
Contudo, o problema do vereador é apenas José Dirceu. “Foi debatido um tema sério, que deveria estar distante de figuras com conduta criminosa comprovada. Isso é desrespeito à população de Campo Grande”, afirmou.
O policial federal ainda defendeu que “a Câmara deveria ser higienizada nos locais em que José Dirceu passou”.
O petista ainda foi condenado a 23 anos e três meses na Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. No entanto, a condenação foi foi anulada pelo ministro do STF, Gilmar Mendes, em 2024.
É a crítica seletiva. Salineiro segue à risca algo parecido com um ditado popular de que aos amigos, tudo, aos inimigos a lei. Quando ele se filiou ao PL, o partido já estava sob o comando de Valdemar Costa Neto, a qual ele poderia chamar de …
