O Governo do Estado anunciou a reestruturação da saúde e a principal mudança será fechar o Pronto Atendimento Médico do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian para receber demanda espontânea. A partir de segunda-feira (18), a unidade voltará a receber apenas pacientes encaminhados pela Central de Regulação.
“Um hospital de alta complexidade deve ser voltado exclusivamente para atendimentos que exigem esse nível de cuidado. Casos mais simples — como uma dor abdominal leve ou uma unha encravada — devem ser direcionados às unidades básicas de saúde ou às unidades de pronto atendimento (UPAs). Com isso, o Hospital Regional ficará integralmente dedicado ao atendimento de pacientes com necessidades realmente complexas, como deve ser”, explicou o secretário estadual de Saúde, Maurício Simões.
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A orientação é que a população, ao precisar de atendimento de urgência, procure a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ou CRS mais próximo para receber o primeiro atendimento.
A medida é tomada para otimizar a vocação do hospital em alta complexidade, atendendo o que preconiza o SUS, e fortalecendo as unidades especificas para baixa e média complexidade, o que inclusive auxilia na redução de filas e na melhoria do atendimento aos pacientes regulados de outras unidades hospitalares.
Ele garante que a reorganização permitirá “melhorar os fluxos, reduzir filas e garantir que cada paciente seja atendido no local certo, no tempo certo, pelo nível de assistência adequado”.
O plano de regionalização já está em execução, com investimentos de mais de R$ 2,2 bilhões desde 2023 em obras, equipamentos, veículos, capacitação e incentivos aos municípios. Entre os avanços, destacam-se:
• Hospital Regional de Três Lagoas já em operação;
• Hospital Regional de Dourados com início das atividades previsto para 2025;
• PPP do HR em Campo Grande, com quase R$ 1 bilhão em investimentos, ampliação de leitos de 362 para 577 leitos.
O modelo também prevê um novo financiamento para HPPs (Hospitais de Pequeno Porte), alinhado à realidade de cada região e voltado para ampliar a resolutividade local, evitando deslocamentos desnecessários de pacientes.
“Ao reorganizar a rede, estamos garantindo que cada nível de atenção do SUS cumpra plenamente seu papel: a atenção primária, nas UBS, voltada para prevenção e cuidados básicos; a média complexidade, com especialistas e exames mais complexos; e a alta complexidade, nos hospitais de referência, preparada para procedimentos de alto custo e tecnologia avançada. Essa distribuição correta dos serviços fortalece o atendimento, evita sobrecarga e assegura que cada cidadão receba o cuidado adequado no lugar certo e no momento certo”, afirma Marielle Alves Corrêa Esgalha, diretora-presidente da Fundação Serviços de Saúde de MS.