O deputado federal Beto Pereira (PSDB) e a senadora Tereza Cristina (PP) serão titulares da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS, criada para apurar o desconto indevido por entidades sindicais e associais de aposentados e pensionistas. O senador Nelsinho Trad (PSD) foi preterido pela tropa de choque do Governo e vai ficar com a vaga de suplente.
A CPMI do INSS será presidida pelo senador Omar Aziz (PSD), do Amazonas, que já comandou a CPI da Covid. O relator será o deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos), do Tocantins, indicado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta.
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A comissão será oficialmente instalada nesta quarta-feira e deverá ter a primeira reunião de trabalho ainda nesta semana. O objetivo é apurar os responsáveis pelos descontos indevidos, que começaram em 2018, na gestão de Michel Temer (MDB), ganharam um plus durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL) e seguiram até abril deste ano, já na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Governistas e bolsonaristas trocam acusações sobre quem foi o responsável pelo prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados do INSS. O escândalo veio a tona com a deflagração da Operação Sem Desconto pela Polícia Federal.
Ex-ministra da Agricultura de Bolsonaro, Tereza Cristina vai integrar a tropa de choque do ex-presidente junto com a senadora Damares Alves (Republicanos), do Distrito Federal, que foi autora do pedido para criar a CPMI do INSS.
O ministro da Previdência, Carlos Lupi, pediu demissão após revelar que soube dos descontos indevidos ainda em 2023 e não adotou nenhuma medida para acabar com o roubo.
O Governo Lula decidiu devolver o dinheiro aos aposentados e depois cobrar dos responsáveis pelo desconto indevido. A PF e o Ministério Público Federal abriram vários inquéritos para investigar o escândalo.
Beto Pereira chegou a criticar a pressa do Governo Lula em devolver aos valores descontados indevidamente dos aposentados e pensionistas.
