O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»MS»Filho de Reinaldo, deputado, conselheiro do TCE e poderosos viram réus pela propina da JBS
    MS

    Filho de Reinaldo, deputado, conselheiro do TCE e poderosos viram réus pela propina da JBS

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt21/08/20256 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    Rodrigo Souza e Silva, Márcio Monteiro, Zé Teixeira e Nelson Cintra viram réus pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro (Foto: Arquivo)

    Depois de sete anos da deflagração da Operação Vostok, a Justiça aceitou a denúncia pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa contra o advogado Rodrigo Souza e Silva, filho de Reinaldo Azambuja (PSDB), o deputado estadual Zé Teixeira (PSDB), o conselheiro Márcio Monteiro, do Tribunal de Contas do Estado, e poderosíssimos empresários. Eles viraram réus pela suposta propina de R$ 67,791 milhões paga pela JBS ao ex-governador.

    Em despacho publicado nesta quarta-feira (20), o juiz Deyvis Ecco, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, concluiu que há provas e indícios da existência de estruturada organização criminosa, comanda por Reinaldo Azambuja, para conceder benefícios fiscais em troca de propina, que variava entre 20% e 30%, paga pela JBS.

    Veja mais:

    Turma do TJ nega recurso e mantém sequestro de R$ 277,4 milhões de Reinaldo Azambuja

    Juiz mantém bloqueio de R$ 277 mi de Reinaldo e Rodrigo, mas libera da esposa e dois filhos

    Após 3 anos, STJ mantém, por unanimidade, bloqueio de R$ 277 milhões de Reinaldo e família

    “Ante a prova da materialidade e a presença de indícios suficientes de autoria dos fatos delituosos imputados aos réus, RECEBO A DENÚNCIA, por satisfazer os requisitos do art. 41 do Código de Processo Penal, além de estarem presentes as condições da ação e os pressupostos processuais”,  destacou o magistrado, o 3º a assumir o processo desde que chegou à 2ª Vara Criminal de Campo Grande.

    A denúncia foi protocolada no Superior Tribunal de Justiça pela então subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, no dia 15 de outubro de 2020. Após Reinaldo deixar o cargo de governador, a corte declinou competência para a justiça estadual.

    No entanto, como houve mudança na interpretação do Supremo Tribunal Federal sobre foro privilegiado, o juiz determinou a desmembramento da denúncia contra o tucano, que planeja trocar o PSDB pelo PL de Jair Bolsonaro, e a devolução para análise da Corte Especial do STJ.

    Operação Vostok completa sete anos em setembro: policiais federais cumpriram mandados no apartamento de Reinaldo Azambuja (Foto: Arquivo)

    Caixa dois e Lama Asfáltica

    O juiz negou pedido dos réus para encaminhar a denúncia para a Justiça Eleitoral porque havia indícios de crime eleitoral. No despacho, Ecco explicou que ao longo das 350 páginas da denúncia, a PGR e o Ministério Público Eleitoral deixaram pouco espaço para a suspeita de caixa dois.

    Rodrigo Souza e Silva também pediu para encaminhar à 1ª Vara Criminal, onde tramitam as ações da Operação Lama Asfáltica. Apesar de algumas coincidências, ele destacou que há diferenças entre os supostos esquemas criminosos denunciados envolvendo André Puccinelli (MDB) e Reinaldo Azambuja.

    O magistrado negou o pedido da defesa para rejeitar a denúncia sobre o crime de organização criminosa. “Em que pesem as narrativas acima, tem-se que não há que se falar em acolhimento das teses encampadas pelas defesas e acima descritas, visto que, ao sentir deste juízo, quanto ao crime de organização criminosa, há a justa causa necessária para o prosseguimento da ação penal”, explicou.

    “Além da narrativa acima exposta, também se visualiza a presença de elementos probatórios mínimos aptos a embasá-las, as quais já foram mencionadas no decorrer dessa decisum, de maneira que estancar a persecução penal nesse momento se mostraria uma medida desproporcional”, destacou.

    “Portanto, aparentemente há descrição de condutas hipoteticamente criminosas, previstas no art. 2º da Lei n. 12.825/13, havendo ainda lastro suficiente para, ao menos, justificar o recebimento da denúncia, devendo a análise do acervo de provas ser feita após a realização de todos os atos processuais de instrução, para melhor elucidação dos fatos”, apontou.

    Esquema de R$ 67,7 milhões

    Os 21 réus são acusados de integrar o esquema criminoso que trocou notas fiscais frias emitidas pela JBS para “esquentar” o pagamento de R$ 67,7 milhões ao ex-governador Reinaldo Azambuja.

    “Tomando como partida o acima exposto, depreende-se que a presente ação apura supostos fatos criminosos que, segundo a denúncia, alcançaram a monta estimada de R$ 67.791.309,48 (sessenta e sete milhões, setecentos e noventa e um mil, trezentos e nove reais e quarenta e oito centavos – f. 46), de modo que não se mostra proporcional e razoável que toda a peça acusatória descreva, de maneira detalhada, o ‘caminho do dinheiro’ como alude o réu Nelson, sendo suficiente as indicações constantes na peça proemial, sobretudo quando acompanhada de dados bancários, datas e planilhas, como é o caso dos autos, os quais servirão como objeto de análise de maneira aprofundada no decorrer da instrução criminal”, pontuou o juiz.

    O valor corrigido pela inflação seria de R$ 104,3 milhões, considerando-se o IPCA, a inflação oficial no País.

    A lista dos réus inclui empresários poderosíssimos, que frequentam as páginas policiais e escândalos de corrupção há anos, mas que nunca foram punidos pela Justiça de Mato Grosso do Sul, como João Roberto Baird, o Bill Gates Pantaneiro, Antônio Celso Cortez, o Toninho Cortez, e Ivanildo da Cunha Miranda.

    Juiz Deyvis Ecco, da 2ª Vara Criminal, é o 3º magistrado a assumir o processo (Foto: Arquivo/Diário Corumbaense)

    Réus poderosos

    Miranda foi delator da Operação Lama Asfáltica, o único no Estado, e é acusado de ser o operador das campanhas eleitorais do MDB e do PSDB. Também integra a lista o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra (PSDB), o irmão de Reinaldo, Roberto de Oliveira Silva Júnior, e os sobrinhos Gabriela Azambuja da Silva Miranda e Léo Renato Miranda.

    Outro réu emblemático é o empresário Élvio Rodrigues, dono da Fazenda Santa Mônica, área de 25 mil hectares e envolvido em uma polêmica por ter obtido autorização do Governo do Estado para desmatar 20 mil hectares.

    Confira a lista completa dos réus na Operação Vostok:

    • Rodrigo Souza e Silva (advogado e filho de Reinaldo Azambuja);
    • Márcio Campos Monteiro (ex-secretário de Fazenda e conselheiro do TCE);
    • José Roberto Teixeira, o Zé Teixeira (deputado estadual);
    • Nelson Cintra Ribeiro (prefeito de Porto Murtinho pelo PSDB)
    • Osvane Aparecido Ramos (ex-deputado estadual e ex-prefeito de Dois Irmãos do Buriti);
    • Zelito Alves Ribeiro (pecuarista e irmão do ex-prefeito de Aquidauana);
    • Cristiane Andréia de Carvalho dos Santos (chefe de gabinete do ex-governador);
    • João Roberto Baird (empresário);
    • Ivanildo da Cunha Miranda (empresário);
    • Antônio Celso Cortez (empresário);
    • José Ricardo Gutti Guimaro, o Polaco (corretor de gado);
    • Daniel Chramosta (empresário Buriti Comércio de Carnes);
    • Pavel Chramosta (empresário Buriti Comércio de Carnes);
    • Roberto de Oliveira Silva Júnior (irmão de Reinaldo Azambuja);
    • Gabriela de Azambuja Silva Miranda (sobrinha de Reinaldo Azambuja);
    • Léo Renato Miranda;
    • Elvio Rodrigues (pecuarista);
    • Francisco Carlos Freire de Oliveira (pecuarista)
    • Rubens Massahiro Matsuda (pecuarista);
    • Miltro Rodrigues Pereira (pecuarista);
    • Daniel de Souza Ferreira.

    O juiz ainda não marcou a audiência de instrução e julgamento.

    Com mudança de foro na interpretação do STF, denúncia contra Reinaldo pela propina de R$ 67,7 milhões volta ao STJ (Foto: Divulgação)

    2ª vara criminal de camop grande Capa conselheiro márcio monteiro juiz deyvis ecco nelson cintra operação vostok organização criminosa propina da jbs propina de 67 milhões reinaldo azambuja rodrigo souza e silva zé teixeira

    POSTS RELACIONADOS

    Partidos vão ao TSE para cassar mandato de Adriane e vice prefeita por compra de votos

    MS 20/08/20255 Mins Read

    Riedel se filia ao PP, barra “plano B” bolsonarista e PSDB perde seu último governador

    MS 19/08/20253 Mins Read

    Presidente do PSDB vem à Capital para último apelo para Riedel e Reinaldo não deixarem sigla

    MS 18/08/20252 Mins Read

    Empresário de MS recebeu R$ 16,7 mi de esquema criminoso e vai continuar preso

    MS 18/08/20254 Mins Read

    Comments are closed.

    As Últimas

    Filho de Reinaldo, deputado, conselheiro do TCE e poderosos viram réus pela propina da JBS

    MS 21/08/20256 Mins Read

    PT filia Fábio Trad no dia 30 e cargo a ser disputado só vai ser definido em outubro

    MS 21/08/20253 Mins Read

    Marquinhos vai à Justiça para suspender multas de radares e lombadas eletrônicas

    MS 21/08/20253 Mins Read

    Moraes: bancos podem ser punidos se aplicarem sanções dos EUA

    BR 20/08/20252 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.