O deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB) empregava um funcionário em cargo de comissão na Câmara dos Deputados com mandado de prisão em aberto por não pagar pensão alimentícia. Ele tinha salário de R$ 5,2 mil por mês e foi demitido após o escândalo ser revelado pelo jornal O Estado de São Paulo.
O arquiteto Leonardo Scardini é especialista em infraestrutura, gestão de obras e políticas públicas e era contratado do tucano desde março de 2023. Em maio deste ano, ele teve a prisão preventiva decretada pela 2ª Vara de Família e Sucessões de Campo Grande por não pagar pensão alimentícia.
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O Estadão revelou o caso a partir de levantamento para cruzar os dados de servidores comissionados na Câmara dos Deputados com os dados do Banco Nacional de Prisão. Entre os 11 mil servidores do legislativo, três tinham mandado de prisão em aberto.
Além de Scardini, o jornal encontrou assessores com mandado de prisão nos gabinetes dos deputados Josivaldo JP (PSD), do Maranhão, e Luciano Alves (PSD), do Paraná.
Ao Correio do Estado, Dagoberto destacou a demissão imediata do secretário parlamentar ao tomar conhecimento do mandado de prisão.
“Reafirmo meu compromisso com a defesa das mulheres, causa que sempre pautei em minha trajetória parlamentar”, afirmou o deputado.