As vendas de Mato Grosso do Sul para os Estados caíram 63% com o tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump a pedido do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). No entanto, houve crescimento de até 199% para outros países e o volume exportado em agosto teve crescimento positivo de 0,093% em relação ao mesmo período de 2025, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Desde o mês passado, o Brasil e Mato Grosso do Sul sofrem os efeitos das sanções impostas por Trump para obrigar o Brasil a suspender o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela trama golpista. As retaliações são articuladas diretamente pelo filho e deputado federal, Eduardo Bolsonaro.
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No geral, as exportações sul-mato-grossenses em agosto ficaram em US$ 904,1 milhões – na cotação de hoje do dólar o valor equivale a R$ 4,8 bilhões. Apesar da queda de 63% nas vendas para os americanos – de US$ 63,5 milhões, em agosto do ano passado, para US$ 24 milhões no mês passado – houve oscilação positiva de 0,093%. Em agosto de 2024, a exportação de MS somou R$ 903,3 milhões.
Responsável por 40% das vendas de MS, a China elevou as compras em 0,37%, de US$ 365,2 milhões para R$ 366,6 milhões. O 2º maio comprador do Estado passou a ser a Itália, com aumento de 13,9%, de US$ 35, milhões para R$ 40,9 milhões. O Vietnã passou a ser o 3º, com aumento de 48%, com o total saltando de US$ 19,2 milhões para US$ 28,7 milhões.
A maior oscilação ocorreu nas exportações para o Uruguai, com aumento de 199%, de US$ 9,3 milhões para US$ 27,8 milhões. As vendas para a Argentina cresceram 51%, de US$ 18,3 milhões para US$ 27,7 milhões.
Em 6º lugar está a Argélia, com US$ 26,9 milhões. O país africano supera até os Estados Unidos, que caíram de 2º para 7º maior destino das exportações de MS após o tarifaço de Trump.
O estrago só não foi maior porque os exportadores do Estado direcionaram os produtos destinados aos EUA para outros mercados. Essa foi a saída encontrada pelos frigoríficos, que tinham os americanos como o segundo maior comprador de carne.
Apesar dos efeitos na economia, Bolsonaro conta com apoio expressivo dos políticos do Estado. Milhares foram às ruas da Capital em apoio ao ex-presidente no dia 3 de agosto e deverão voltar no próximo domingo (7).