Preso na Operação Spotless, deflagrada na última terça-feira (9), o prefeito afastado de Terenos, Henrique Wancura Budke (PSDB), está em uma das celas do Centro de Triagem Anízio Lima, conhecido como o “presídio dos famosos” da política e do PIB local. Ele é acusado de comandar um esquema criminoso que desviou mais de R$ 15 milhões dos cofres públicos.
O engenheiro civil Leandro Cícero Almeida de Brito, 30 anos, um dos últimos detidos na operação também foi encaminhado para o Centro de Triagem, conforme despacho do juiz Albino Coimbra Neto após a audiência de custódia realizada na última sexta-feira (13).
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O empresário Arnaldo Santiago, 69, preso no Bairro Carandá Bosque I, em Campo Grande, também foi autuado em flagrante pela posse de 50 munições de calibre 22. Ele foi encaminhado à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário e atuado por posse ilegal de arma de fogo. Apesar de ter sido autuado por outro crime além das acusações de organização criminosa, peculato e corrupção, ele obteve o alvará de soltura em relação à posse das munições.
As 16 prisões determinadas pelo desembargador Jairo Roberto de Quadros, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, foram cumpridas. Reeleito com 53,69% dos votos no ano passado, Wancura vai cumprir “expediente” na mesma cela que já foi ocupada pelo ex-governador André Puccinelli (MDB), prefeito da Capital e governador do Estado por dois mandatos.
Também já passaram pelo centro o ex-secretário estadual e ex-deputado federal Edson Giroto, o poderosíssimo empresário João Amorim, o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (sem partido), o ex-deputado Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano, entre outros.
Empresário é preso pela 2ª vez após esconder celulares
O empresário Genilton da Silva Moreira, 55, e a esposa, Nádia Mendonça Lopes, foram presos na semana passada, mas já tentaram dificultar a investigação do MPE. No ano passado, ao ser alvo da Operação Velatus, deflagrada em 13 de agosto, o casal escondeu os telefones celulares e o notebook no telhado da residência.
De acordo com o registro policial na época, ele demorou 10 minutos para receber a equipe do Gaeco. Ao serem questionados sobre os telefones, Moreira disse que o perdeu no dia anterior em uma fazenda. A mulher também perdeu o dela. Após duas horas e meia de buscas, os policiais encontraram o dois iPhones e um notebook escondido entre o rufo e o telhado da residência.
O casal está entre os 16 presos da Operação Spotless.