O ex-governador Reinaldo Azambuja terá carta branca para decidir os candidatos a senador e as chapas proporcionais pelo PL em Mato Grosso do Sul. No próximo domingo (21), ele se filia a sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o poder amplo e já sinaliza descartar a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), como candidata a senadora. Também vai definir a candidatura e recursos dos críticos na legenda.
Em entrevista ao jornal Correio do Estado, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, garantiu que Azambuja vai construir a chapa no Estado. Ao ser questionado, Reinaldo manifestou preferência pelas candidaturas à reeleição de Nelsinho Trad (PSD), que já teve o seu apoio em 2018, e do presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP).
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O nome de Gianni, que já foi lançada ao Senado em mais de uma vez por Bolsonaro, nem foi citado. Nos bastidores, alguns políticos acreditam que ela poderá sair como suplente do ex-governador para amarrar os votos bolsonaristas ao tucano.
Como presidente regional do PL, Reinaldo vai definir os nomes que vão disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. O deputado federal Marcos Pollon (PL), que chamou de canalhas quem convidou o tucano para se filiar à legenda, deve optar por deixar a sigla a colocar o futuro nas mãos do desafeto.
Na Assembleia, dois críticos de Reinaldo, o deputado estadual João Henrique Catan e o vereador Rafael Tavares, não pretendem sair do partido, mas vão ter estrutura e recursos para a campanha definida pelo tucano, a quem já chamaram de “corrupto”.
Outro bolsonarista que dependerá de Reinaldo para ser candidato a senador com aval de Bolsonaro será o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB). Ele quer o Senado, mas poderá disputar sem o apoio oficial de Bolsonaro e do PL. Caso insista na candidatura, Contar poderá ser candidato avulso.
O consenso é o apoio à reeleição do governador Eduardo Riedel (PP), que tem o aval da maior parte dos partidos de direita no Estado.