Albertino Ribeiro – A situação nos EUA está se deteriorando. Como se não bastasse a alta de preço dos alimentos e a insegurança jurídica nos EUA, o desemprego está crescendo bem mais do que o esperado.
Na última quinta-feira, dia 11 de setembro, o número semanal de pedidos de auxílio desemprego cresceu além do esperado de 237 mil subiu para 263 mil; eram esperados 235 mil.
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Isso mostra que o mercado de trabalho na terra do tio Sam está em declínio, motivo de preocupação para o governo americano. Será que Donald Trump vai demitir mais servidores públicos por causa dos resultados ruins na economia? Está virando moda o governo demitir o mensageiro por não gostar das más notícias.
O mau desempenho do mercado de trabalho reforça a expectativa de que o FED vai cortar a taxa de juros em pelo menos 0,25% com objetivo de aquecer a economia. O aumento do desemprego é sinal de que as coisas não vão bem, e o desemprego aumenta o problema, pois a falta de emprego tem efeito imediato no consumo das familiar, fundamental para a manutenção e aumento da receita das empresas.
A economia é interessante. Muitas pessoas não entendem por que o desemprego nos EUA é bom para economia brasileira, que tem a inflação sempre à espreita para corroer o poder de compra das famílias.
Por falar nisso, semana passada saiu um resultado excelente do IPCA; uma deflação de 0,11%, graças, em parte, ao equilíbrio do câmbio que permite um maior controle de preço dos produtos importados.
Além disso, o real deve se valorizar mais ainda com o corte de juros na economia americana, pois muitos investidores migrarão seus dólares para os mercados emergentes, em busca de melhores rentabilidades.
A inflação em queda pode aumentar a renda real das famílias, incrementando o consumo, o que contribui para o aumento ou, pelo menos, a manutenção do nível de emprego na economia brasileira, um cenário melhor do que está ocorrendo na economia americana.