Apesar de propagar a maior crise financeira da história de Ivinhema e de anunciar “cortes gigantes”, Juliano Ferro foi ao desespero com a decisão da Justiça para reduzir o próprio salário de R$ 35 mil para R$ 19.904. Na última sexta-feira, ele suplicou pela 2ª vez para o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, desembargador Dorival Renato Pavan, para suspender decisão judicial que cancelou o reajuste de 75%.
Só que os fatos se contrapõem ao discurso do prefeito mais louco do Brasil. No dia 10 deste mês, ele anunciou que a Prefeitura de Ivinhema passa por uma crise financeira que nunca havia “vivenciado” em seus cinco anos de mandato. Diante disso, determinou o cancelamento de todos os eventos no município bancados com verba pública, o pagamento de diárias no Executivo e haverá demissões de servidores.
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Para ludibriar os eleitores, Juliano Ferro até anunciou “redução” no próprio salário de R$ 35 mil para R$ 25 mil. Só que a Justiça cancelou o reajuste e determinou q redução do subsídio para R$ 19.904. O prefeito perdeu na primeira instância e em julgamento da 4ª Câmara Cível do TJMS, que lhe negou por unanimidade.
Pavan chegou a conceder liminar para manter o reajuste, mas recuou e se juntou aos demais magistrados para acabar com a farra com o dinheiro público na cidade.
No dia 5 deste mês, o prefeito, que de louco não tem nada, apelou ao TJMS para que o presidente analise imediatamente o pedido de suspensão da liminar devido ao risco de grave lesão. Só que o único prejudicado não é o povo de Ivinhema, mas Juliano Ferro.
Conforme o procurador geral do município, Fernando Pereira, a prefeitura foi notificado e será obrigada a reduzir o salário do atual prefeito. Na última sexta-feira (19), ele reiterou o pedido e deixou claro o desespero do prefeito, que trocará o PSDB pelo PL neste domingo (21).
“Conforme detalhadamente exposto na peça inicial, a demora na apreciação do pedido de suspensão tem agravado a situação de grave lesão ao interesse público já amplamente demonstrada, justificando o presente chamamento à ordem para que seja dada a devida prioridade ao feito”, alegou Pereira.
“Diante do exposto e do manifesto e atualíssimo risco de grave lesão ao interesse público, requer-se: O recebimento imediato desta petição. O chame-se o feito à ordem e proceda-se à imediata análise do pedido de suspensão de liminar (ou sentença), com a urgência que o caso requer, considerando a grave lesão ao interesse público”, determinou o presidente do Tribunal de Justiça.
O advogado Douglas Barcelo usou a decisão do magistrado referente ao prefeito de Navirái, Rodriog Sacuno (PL), e pediu a rejeição do pedido do prefeito mais louco do Brasil.
O desembargador pode facilitar as medidas de contenção de gastos do prefeito e lhe impor o sacrifício de cortar na própria carne, dando exemplo ao povo, e reduzindo o próprio salário de R$ 35 mil para R$ 19,9 mil, como determinou a Justiça, e não para R$ 25 mil, como ele vem propagando.