A chegada do ex-governador Reinaldo Azambuja ao PL acabou com as chances do deputado federal Marcos Pollon (PL) tentar disputar uma cadeira no Senado. Com isso, o bolsonarista busca cavar seu nome para concorrer ao Governo do Estado ao se colocar como pré-candidato ao comando do Parque dos Poderes. A direção regional e nacional do partido, porém, têm outros planos.
Com a presença do presidente nacional, Valdemar Costa Neto, o Partido Liberal fez festa no último domingo (21) para oficializar a filiação de Reinaldo. O evento também teve participação do governador Eduardo Riedel (PP), uma indicação de que já está tudo acertado para a legenda de Jair Bolsonaro caminhar ao lado do grupo da senadora Tereza Cristina (PP) em 2026. Exterminando qualquer pretensão de Pollon.
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Tanto Valdemar quanto o ex-presidente regional e amigo de Bolsonaro, Aparecido Andrade Portela, o Tenente Portela, declararam que o PL vai apoiar a reeleição de Riedel. E mais uma vez, Marcos Pollon deve ficar falando sozinho sobre os rumos eleitorais do partido, tarefa que agora cabe a Azambuja.
Ano passado, em ato de rebeldia contra a aliança entre PL e PSDB para disputar a prefeitura de Campo Grande, Pollon anunciou por conta própria que seria candidato a prefeito da Capital. O ato teve resposta em pouco tempo, com o deputado federal sendo destituído do comando regional do Partido Liberal.
Atualmente sob a batuta de Reinaldo, o PL vai concentrar esforços para garantir uma cadeira no Senado para o ex-tucano. Deixado de lado, Pollon busca uma alternativa para manter alguma relevância no grupo.
“O PL entregou o Senado ao sistema, mas eu não vou recuar. Mato Grosso do Sul precisa de liderança de direita de verdade, sem rabo preso e alinhada ao bolsonarismo. Por isso, sou pré-candidato ao governo, para que a direita tenha voz forte e independente no nosso estado”, declarou o parlamentar nesta segunda-feira (22)
“Coloco meu nome como pré-candidato ao governo, para que a direita tenha representação verdadeira em Mato Grosso do Sul. Não estive no evento por compromissos de agenda previamente assumidos”, divulgou Pollon, que não participou da festa para Azambuja.
Prefeitos com problemas na Justiça também se filiaram ao PL neste domingo, como Aldenir Barbosa, o Guga, de Novo Horizonte do Sul, e Juliano Ferro, de Ivinhema. No total, foram 17 prefeitos que trocaram o PSDB pelo PL no Estado.
Reinaldo tem o desafio de não repetir o fiasco de Beto Pereira (PSDB) no ano passado, que apostou no apoio de Bolsonaro para vencer a disputa pela Prefeitura de Campo Grande, mas não conseguiu nem chegar ao segundo turno.