A isenção do Imposto de Renda para contribuintes com renda de até R$ 5 mil por mês corre risco na Câmara dos Deputados, que não estaria sintonizada com as prioridades da população brasileira. O alerta é feito pelo ex-presidente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul), Fábio Trad (PT).
Em manifestação nas redes sociais, ele compara a isenção um 14º salário dos trabalhadores com o dinheiro que vão deixar de pagar ao fisco federal. Em Mato Grosso do Sul, o projeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) beneficiará 236,8 mil contribuintes, segundo a Receita Federal.
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“Se não fosse a Câmara dos Deputados, a mesma que aprovou a PEC da Blindagem ou a PEC da Bandidagem, eu não pediria sua atenção”, alertou o ex-deputado federal.
A PEC da Blindagem teve o apoio dos deputados federais Beto Pereira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL. Dagoberto Nogueira (PSDB) se juntou ao quarteto ao aprovar o fim do voto aberto no caso em que o parlamento fosse analisar caso envolvendo deputados e senadores corruptos e bandidos.
Além dos cinco, a proposta da isenção do IR será analisada pelos deputados Camila Jara e Vander Loubet, do PT, e Geraldo Resende (PSDB). O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos) pautou a votação para esta quarta-feira (1º).
Fábio Trad pediu que os eleitores pressionem os deputados para que votem a favor. Há um movimento no legislativo para que o projeto não seja votado porque a anistia aos condenados pela trama golpista ainda não foi pautada na Câmara.
Os bolsonaristas podem votar contra o projeto porque foi proposto por Lula e pode beneficiá-lo nas eleições de 2026.