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    MPE: sanha de prefeito por propina fazia empresários irem ao desespero: “Me ajuda aí”

    Richelieu de CarloBy Richelieu de Carlo03/10/20255 Mins Read
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    Henrique Wancura Bucke cobrava propina insistentemente, segundo Ministério Público. (Foto: Reprodução/Facebook)

    A denúncia do procurador-geral de Justiça, Romão Ávila Milhan Júnior, detalha o “modus operandi” do prefeito de Terenos, Henrique Wancura Bucke (PSDB), em busca de propina de empresários que participavam do esquema de desvio de dinheiro do município. A voracidade do tucano era tanta, que alguns dos que eram cobrados entravam em desespero para arrumar a grana.

    Romão Ávila Júnior descreve que a corrupção na prefeitura implantada por Henrique Wancura é “desenfreada, sistêmica e periódica”. Em um dos casos, diante da dificuldade para conseguir a verba para propina, empresários chegaram a suplicar por ajuda e até cogitaram fazer empréstimo de R$ 75 mil.

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    O Ministério Público Estadual utiliza provas obtidas, especialmente, com o conteúdo extraído de telefones celulares apreendidos durante a Operação Spotless, deflagrada em 9 de setembro. 

    As conversas relativas ao recebimento e cobrança de propina eram de tal forma corriqueira que se tornou algo comum nas conversas interceptadas pela investigação.

    O MPE descreve que o método utilizado pelo prefeito Henrique Wancura consistia no encontro presencial com empresário em local reservado, logo após o pagamento realizado pela prefeitura à empresa do esquema criminoso, antecedido de solicitação de vantagem indevida em razão da função pública e contemporâneo ao saque de valores pelos empresários. 

    Um dos casos teve início no dia 15 de agosto de 2022, quando o prefeito conversa com o empresário Sandro José Bortoloto sobre o pagamento de R$ 61 mil de propina.

    “Consegue ver pra gente aquele negócio pra essa semana?”, perguntou Henrique a Sandro de forma velada pelo WhatsApp. Em resposta, o empresário afirmou que agilizaria a questão e confirmaria a situação no dia seguinte.

    História começa com pedido velado do prefeito. (Fonte: Reprodução)

    Sandro, então, recorre ao sócio Cleberson José Chavoni Silva e suplica ajuda para atender a demanda do prefeito de Terenos.

    “No mesmo dia, aproximadamente 27 minutos após a conversa com Henrique Budke, Sandro Bortoloto enviou mensagem a Cleberson Chavoni, mencionando: “Me ajuda resolver esse aí”, referindo-se à solicitação de propina e, em seguida, encaminhou a captura de tela da conversa com Henrique Budke”, relata o MPE.

    Empresário pede ajuda de sócio para levantar a grana da propina. (Fonte: Reprodução)

    Cleberson pergunta sobre o valor pedido e fica surpreso com o montante de R$ 61 mil. “Eita pega”, exclama assustado.

    Valor alto surpreendeu sócio. (Fonte: Reprodução)

    O procurador-geral Romão Milhan Júnior descreve que, dois dias depois, em 17 de agosto, começaram as cobranças pelo prefeito sobre o acerto da propina solicitada a Sandro, o que voltou a acontecer no dia seguinte (18).

    “Nota-se que as cobranças de HENRIQUE não se dão de forma direta, mas suas mensagens, iniciando uma conversa sem contexto prévio, sem justificativa, sem conclusão de assunto, deixam claro ao empresário SANDRO que o Prefeito espera o acerto ilícito”, discorre o chefe do MPE.

    Sem o dinheiro solicitado por Henrique Wancura, Sandro Bortoloto busca justificar a ausência do pagamento de propina, fazendo menção expressa de que estava se movimentando para “poder te passar certinho” e que está “organizando o negócio aqui pra você”.

    “Como se percebe, o valor de propina solicitado por HENRIQUE, no caso, foi alto, e os empresários enfrentaram dificuldades em levantar o montante para satisfazer o líder da organização criminosa, algo importante para se manter o esquema de pé”, destaca Romão Milhan Júnior.

    Encurralados pelo prefeito, no dia 19 de agosto, Cleberson chegou a pensar em fazer até um empréstimo de R$ 75 mil ao empresário Tiago Lopes de Oliveira, que também fazia parte do esquema, para quitar a ‘dívida’.

    Já em tom de desespero, Sandro admite a Cleberson José Chavoni Silva que a “busca desenfreada” pelo dinheiro era para pagar propina ao prefeito.

    “Encerrando esse assunto, na sequência, SANDRO JOSÉ BORTOLOTO admite a CLEBERSON JOSÉ CHAVONI SILVA, num certo desespero, que a busca desenfreada de recursos pelos empresários era realmente para pagar a propina solicitada pelo Prefeito Municipal HENRIQUE WANCURA BUDKE, quando afirma que “Eu tenho que arrumar o dinheiro do 01 [o Prefeito HENRIQUE] lá, não sei nem o que vou fazer (…)””, relata o MPE.

    Empresário cogita fazer empréstimo para pagar o prefeito. (Fonte: Reprodução)

    O procurador-geral de Justiça, Romão Ávila Milhan Júnior, denunciou o prefeito de Terenos, Henrique Wancura Bucke (PSDB), e mais 25 pessoas pelos crimes de corrupção passiva e ativa, organização criminosa, lavagem de capitais e fraude em licitação. Eles podem ser condenados a cadeia, suspensão dos direitos políticos, serem proibidos de ocupar cargos públicos e a pagar indenização por danos morais de R$ 10 milhões.

    A denúncia foi protocolada no Tribunal de Justiça porque o tucano tem foro privilegiado e o relator será o desembargador Jairo Roberto de Quadros. Henrique está preso e afastado do cargo de prefeito de Terenos. 

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