Os bolsonaristas de Mato Grosso do Sul ainda acreditam que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deverá se filiar ao PL e disputar a presidência da República com o apoio de Jair Bolsonaro. Dos radicais, apenas o deputado federal Marcos Pollon deve ficar sem espaço na sigla e acompanhar o extremismo de Eduardo Bolsonaro, que se autoexilou nos Estados Unidos e articula sanções contra o Brasil.
Nos bastidores, deputados e caciques aliados ao ex-presidente não acreditam na versão propagada por Tarcísio, de que anunciou a Bolsonaro de que não irá disputar a presidência em 2026. Ele concedeu entrevista para ressaltar que vai disputar a reeleição em São Paulo.
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No entanto, a versão propagada entre os bolsonaristas sul-mato-grossenses é de que Bolsonaro combinou com o governador para ele ser candidato a presidente e ter a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) como candidata a vice-presidente.
Nessa conjuntura, negada por Tarcísio e Bolsonaro, o PL teria candidato a presidente e manteria o plano inicial traçado com o ex-governador Reinaldo Azambuja, que trocou o PSDB pelo PL para ser candidato a senador.
O projeto da direita vai priorizar a candidatura a deputado federal de Rodolfo Nogueira, que disputará a reeleição, de Mara Caseiro e do ex-deputado federal Edson Giroto. Este último é o queridinho do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e não deverá ficar de fora apesar da condenação por improbidade na Operação Lama Asfáltica. Ele só vai ficar inelegível por 10 anos quando a sentença for mantida por um órgão colegiado e o ex-secretário de Obras poderá contar com a morosidade do Tribunal de Justiça.
Bolsonaristas raiz devem abandonar 03
Como o filho 03 de Bolsonaro não aceita a candidatura de Tarcísio, ele ameaça sair do PL e se lançar à presidência da República por outra sigla, como o Novo ou PRTB. A expectativa é de que 30 deputados e senadores o acompanhem na “aventura”, como a manobra vem sendo chamada entre os integrantes do PL.
De MS, o único que deve acompanhar Eduardo é Pollon, que já xingou os responsáveis pela filiação de Reinaldo ao PL de “canalhas” e não poupa críticas ao ex-tucano. Outro bolsonarista, o deputado estadual João Henrique Catan (PL) é apontado como mais pragmático e, na hora do vamos ver, vai acabar optando pelo caminho mais seguro para obter um novo mandato na Assembleia Legislativa.
Agora, se Bolsonaro apoiar a candidatura do filho, uma legião de bolsonaristas abandonariam o PL e trocariam de barco com o herdeiro rebelde.