O presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), entrou no jogo para ser o segundo candidato a senador pela direita em Mato Grosso do Sul. Como a primeira vaga estaria assegurada ao ex-governador Reinaldo Azambuja (PL), ele entra na disputa com a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), o senador Nelsinho Trad (PSD) e o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB).
Por outro lado, o centro e a esquerda contam com dois pré-candidatos ao Senado, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), e o deputado federal Vander Loubet (PT). O cenário vai definir se os dois vão para a disputa, apenas um ou a ex-senadora muda o domicílio eleitoral para São Paulo.
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Já a direita e a extrema direita estão divididos no Estado. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), antes de ter a prisão domiciliar decretada pelo Supremo Tribunal Federal, lançou Gianni como a sua candidata a senadora pelo Estado. Ele também convidou Reinaldo para disputar o Senado com o seu apoio.
Contudo, os bolsonaristas raiz rejeitam o tucano e podem apoiar Capitão Contar, que tem percorrido o Estado como pré-candidato a senador em 2026. Ele aposta nas pautas bolsonaristas, como a defesa do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A novidade é que Gerson Claro mantém o projeto de disputar o Senado e pode ter o apoio da senadora Tereza Cristina (PP). Ele será o candidato da federação União Progressista, formada pelo PP e União Brasil.
Se não tem a popularidade dos outros pré-candidatos, Gerson Claro pode contar com máquinas estratégicas, como o Governo do Estado, por meio do governador Eduardo Riedel, e da prefeitura da Capital, comandada por Adriane Lopes, ambos do PP.
Mesmo com a popularidade em baixa, Adriane pode ajudar ao mover a máquina para fazer campanha para o deputado. A prefeitura já foi estratégica nas eleições de senadores no passado.
“Entendo que, com diálogo, podemos construir uma candidatura muito forte. Venho me preparando, principalmente do ponto de vista político, no meu relacionamento com prefeitos, secretários e vereadores. A experiência que tive com o municipalismo, na Associação dos Municípios, e o fato de ser uma pessoa especializada em Direito Constitucional e Administrativo me ajudam muito. Mas, mais do que isso, vivi uma experiência na Assomasul [Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul] que me fez enxergar o todo, conversar com prefeitos de direita, de esquerda, de centro, ouvir as diferenças”, afirmou o deputado em entrevista ao Campo Grande News no último sábado.
A direita tem Nelsinho, que disputará a reeleição. Aliás, o senador só tem este caminho, já que os outros irmãos vão ocupar outros espaços. Marquinhos Trad (PDT) deverá concorrer a vaga de deputado estadual, enquanto Fábio Trad (PT) sonha em disputar uma das oito vagas na Câmara dos Deputados, apesar da pressão para ser candidato a governador.
Outro nome é da senadora Soraya Thronicke (Podemos), que foi eleita como a “senadora do Bolsonaro”. Ela se distanciou do bolsonarismo, mas continua defendendo as pautas da direita.