Os deputados federais de Mato Grosso do Sul, Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL, participaram da caminhada dos bolsonaristas pela anistia ampla e irrestrita na tarde desta terça-feira (7) em Brasília (DF). A manifestação convocado pelo pastor Silas Malafaia e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) reuniu apenas 2.080 pessoas, segundo estimativa do site Poder360.
Apesar do movimento não ter levado uma multidão às ruas, como em outras manifestações bolsonaristas, Pollon e Rodolfo gravaram vídeos defendendo a anistia ampla e irrestrita aos condenados pelo ato de 8 de janeiro de 2023 – pela invasão e depredação dos prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto – e ao ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão no regime fechado.
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Ao contrário de outros eventos, quando exibem imagens áreas para mostrar a grande participação popular, os bolsonaristas de MS optaram por imagens mais fechadas. A organização não divulgou estimativa de público.
“Eles já roubaram o dinheiro. Já roubaram os sonhos. Já destruíram famílias. Mas agora… querem roubar a nossa fé. Querem roubar a nossa esperança. Mas o que eles esquecem… é que não existe prisão capaz de conter um povo desperto. A nossa esperança não se cala.O Brasil grita por JUSTIÇA e ANISTIA”, bradou Pollon.
Na mesma linha, o Gordinho do Bolsonaro afirmou que a dosimetria é inconstitucional e só aceita a anistia ampla e irrestrita aos bolsonaristas condenados. Ele voltou a criticar a decisão do STF, que seria ilegal.
A Câmara dos Deputados votou urgência para analisar o projeto de anistia. No entanto, o deputado federal Paulinho da Força (SD), substituiu a anistia pela redução da pena dos condenados. Pela proposta, que não agradou os bolsonaristas nem os petistas, Bolsonaro continuará preso por alguns anos.
O PL só aceita votar a anistia plena, enquanto o PT é contra até a redução de pena. O Centrão quer aprovar um projeto que mantenha Bolsonaro fora das eleições de 2026 e seja substituído pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).