O prefeito de Bonito, Josmail Rodrigues (PSDB), divulgou nota em que afirma esperar ter acesso ao conteúdo da investigação do Ministério Público Estadual para decidir o futuro dos gestores presos na terça-feira (7) durante a Operação Águas Turvas. Até o momento, nenhum dos detidos foi afastado do cargo.
A 1ª Promotoria de Justiça de Bonito, com o apoio do GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), aponta indícios de que uma organização criminosa desviou R$ 4,3 milhões dos cofres do município.
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A juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, do Núcleo de Garantias, decretou a prisão preventiva do secretário municipal de Administração e Finanças, Edilberto Cruz Gonçalves, 46 anos; do arquiteto e urbanista Carlos Henrique Sanches Corrêa, 45; da coordenadora de licitações em Bonito, Luciene Cintia Pazette; e do empresário Genilton da Silva Moreira, 55 anos.
Luciene é esposa do vereador Pedro Aparecido Rosário, o Pedrinho Marambaia (PP), que chegou a aprovar uma moção de congratulação para a própria mulher.
De acordo com a investigação, o esquema de fraude em licitações, corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro existe há cinco anos. O atual prefeito Josmail Rodrigues foi reeleito no ano passado com 73,27% dos votos. Apesar da investigação atingir o Executivo, o chefe do Paço Municipal não é alvo da Operação Águas Turvas.
Em nota divulgada pelos advogados André Borges e Renata Borges, que atuam na defesa de Josmail, o prefeito diz que sua gestão “é pautada pela ética e transparência” e que hoje pedirá acesso à investigação do MPE, para decidir o que fará em relação ao secretário Edilberto Cruz Gonçalves e a coordenadora de licitações Luciene Cintia Pazette.
“[…] os servidores e prestador de serviço presos estão se defendendo regularmente — todos merecem ter assegurado esse sagrado direito, inclusive o de serem tratados como inocentes”, diz a nota, que pode ser conferida na íntegra abaixo.
“Prefeito Josmail determinou total colaboração com autoridades que cumpriram mandados de busca e apreensão; sua gestão é pautada pela ética e transparência; hoje pedirá acesso à investigação — quer se inteirar do ocorrido, para adotar providências administrativas que se revelem necessárias; os servidores e prestador de serviço presos estão se defendendo regularmente — todos merecem ter assegurado esse sagrado direito, inclusive o de serem tratados como inocentes”. André Borges e Renata Borges.