A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, tem esperanças de continuar no MDB e disputar o Senado por Mato Grosso do Sul. Apesar do assédio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ela trocar de domicílio eleitoral para ser candidata em São Paulo e se filiar ao PSB, a ex-senadora tem esperanças de viabilizar a candidatura no Estado.
O PT ficou animado com a estratégia de ter a ministra como candidata. No entanto, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que sonha em disputar o Governo com o apoio de Jair Bolsonaro (PL) não gostou do plano. Em manifestação na semana passada, o prefeito elogiou Simone, que chamou de “grande senadora”, mas descartou apoiá-la como candidata de Lula.
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De acordo com jornais nacionais, aliados da ministra teriam ressaltado que ela já tomou a decisão de não trocar de partido nem de domicílio eleitoral. Apesar de não contar com o apoio de caciques emedebistas, como o ex-governador André Puccinelli, o ex-senador Waldemir Moka, e os três deputados estaduais, ela quer permanecer no MDB e ser candidata a senadora por MS.
A decisão de Simone terá impacto tanto na esquerda como na direita. O PT trabalha para lançar a candidatura a senador do deputado federal Vander Loubet e pode ser obrigado a repensar a estratégia com a eventual candidatura da ministra.
Já na direita, o jogo envolve o governador Eduardo Riedel (PP), já que o marido de Simone, Eduardo Rocha (MDB), é chefe da Casa Civil e deve disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. O MDB deve apoiar a reeleição do progressista e não quer ligação com Lula com medo de perder os votos bolsonaristas.
Simone também mexeria na disputa do Senado entre os candidatos de direita, como o ex-governador Reinaldo Azambuja (PL), Nelsinho Trad (PSD), Gerson Claro (PP), Capitão Contar (PRTB) e Gianni Nogueira (PL).