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    No Divã Em Paris – Ditadura, a máquina do mal não merece celebração

    Especial para O JacaréBy Especial para O Jacaré01/04/20233 Mins Read
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    Mário Pinheiro, de Paris

    No Brasil, os militares iniciaram a organização a partir da criação da Escola Superior de Guerra em 1949, logo depois do final do conflito mundial em que estiveram presentes ao lado dos aliados na Itália. Impulsionado pelos americanos que exploravam a América latina como se fosse um prostíbulo, a camaradagem brasileira se abria como se fosse a prostituta de plantão.

    Generais das três forças armadas foram usados, sem mesmo saber e sem ler nas entrelinhas, por incapacidade ou mesmo pela maldade maquiavélica, que o objetivo dos gringos era dominação na educação, na política, na economia e a destruição ou minimização do campo religioso católico.

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    Os golpes de estado se multiplicavam, os militares brasileiros comiam nas mãos dos Estados Unidos, liam e obedeciam a cartilha. Até a Fundação Ford, que se infiltrou na América latina com tarefas educacionais, ditas filantrópicas, fazia de conta que não sabia dos objetivos políticos da CIA, que por sua vez, mantinha os políticos brasileiros como marionetes.   

    Visto que em 1959 Fidel Castro e Che Guevara deram o basta a Fulgêncio Batista em Cuba, a política estava em efervescência na América Latina a partir do início da década de 1960. Eram movimentos diversos contra fome, miséria, carestia, alto índice de mortalidade infantil e arrocho salarial.

    Buscava-se respostas e a Igreja Católica gozava de uma grande popularidade com suas pastorais engajadas na vida social. Esses fatores tanto eclesiais quanto leigos ligados aos mais diversos movimentos sociais começam a incomodar a elite que se alia às instituições ultraconservadoras de David Rockefeller para dar uma resposta.

    A liga das cooperativas dos Estados Unidos fez vaquinha, juntou milhões de dólares passados a CIA que investiu entre 12 e 20 milhões a favor de candidatos contra o governo de João Goulart. O sonho de Kennedy e de Rockefeller era matar envenenado o barbudo de Cuba.

    Juscelino Kubistchek, Jânio Quadros e João Goulart não podem entrar no rol da desgraça que a elite econômica instituía. E Goulart, porque visitava a China de Mao Tse-Tung, ficou carimbado de comunista, seu destino estava selado. Se tem um povinho atrasado no Brasil, é este que se acha “religioso”, moralista, estupra quem quer que seja, a ideia, o menino, a enteada, a sobrinha, depois acusa de comunista quem defende justiça social, democracia, igualdade entre homens e mulheres, mas costumam bater continência e implorar pela volta da ditadura.

    A ditadura no Brasil, instaurada em 31 de março de 1964, fez terrorismo contra estudantes, sindicalistas e políticos de oposição. Destruíram duas décadas e meia dos trabalhadores e pesquisadores. Os militares abriram escolas para executar, praticar o mal, trancafiar inocentes, terrorizar a vida de operários e camponeses. As piores invenções, Dops, DOI-Codi, Operação Bandeirantes e aparelhos de fazer sofrer são obras do calculismo frio, sádico e facínora de maus militares.

    Não há motivos para celebrar, mas é preciso conscientizar os ignorantes, mostrar que não existe humanismo em quem exerceu e defendeu a pedagogia do mal. Dizia um delegado torturador assassino: “quando venho para uma sessão de tortura, deixo o coração em casa”.

    Carlos Marighela e Carlos Lamarca valem muito mais que a covardia dos caçadores que agiam na penumbra dos porões.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

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