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    No Divã Em Paris – Kissinger, influenciador da Operação Condor

    Especial para O JacaréBy Especial para O Jacaré02/12/20234 Mins Read
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    Mário Pinheiro, de Paris

    “Prefiro cometer uma injustiça do que tolerar a desordem” (H. Kissinger)

    Sócrates dizia: “prefiro sofrer uma injustiça do que cometê-la”. A sabedoria não é o forte do político americano. A morte do monstro já não impressiona. Centenário, fechou os olhos pra sempre num caixão que o identifica apenas como defunto e defunto é tudo igual, seja rico ou pobre.

    Em vida, Henry Kissinger fugiu da Alemanha nazista para se instalar em Massachussets, onde iniciou sua carreira como professor na famosa Universidade de Harvard. O meio político veio como conselheiro e outros cargos importantes como chefe de Estado, diplomata e grande influenciador da guerra fria.

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    Durante a guerra do Vietnam, de 1955 até 1975, do Cambodja (1955-1973) e outros tanto países, os Estados Unidos se achavam “patrões” do mundo, tiveram perdas incalculáveis, mas achavam que odiar o sistema político alheio era possível, cabível e necessário para impor e obrigar o sistema que não trazia lucros.

    O diplomata influente era Kissinger enquanto chefe de Estado americano fez várias tentativas de acabar com a guerra que somente levava prejuízo aos Estados Unidos. Mas a diplomacia americana pode até beijar as botas de um ditador se o país tiver petróleo.

    Durante os duros anos da política de Richard Nixon, Kissinger se exibia como se fosse o mais capacitado na diplomacia, capaz de enrolar burocratas, matadores de aluguel para afirmar a influência da política de extrema direita de Nixon com as trapaças e mentiras que o mundo conhece.

    Quando o Chile se viu numa teia opressora com a eleição do presidente Allende, Nixon, segundo relatos dos politólogos Yves Dezalay e Briant Garth, chegou a telefonar ao então mediador americano em Santiago, nada mais nada menos que Kissinger, e teria dito “não quero esse fdp na presidência”.

    A América latina tinha virado a bola da vez. Para o Brasil, o golpe militar foi arquitetado e tecido com reuniões em Washington, mas para o Chile, tudo começara antes com a invenção dos “Chicago boys” sob influência também da Fundação Ford que escolhia a dedo pessoas para irem estudar em universidades americanas cujo intuito era a “domesticação” como ocorreu com ministros de Pinochet.

    A Operação Condor pôs em prática a maldade letal do grupo de Nelson Rockefeller e os militares. Quando a Fundação Ford descobre que estava sendo usada, ela se afasta.

    Apesar da admiração de Kissinger por Nixon, sabia-se que o presidente tinha sérios problemas, era solitário, vivia torturado pela autoridade que o carcomia e que o diplomata e conselheiro não conseguiu evitar o impeachment depois da revelação de dois jornalistas no conhecido escândalo do Watergate.

    A influência de Kissinger continua com Gerald Ford e Ronald Reagan que paga caro aos contras da Nicarágua pra derrubar o poder de Sandino. Não dependia de Kissinger, mas o ódio é maior que a mesquinhice. Sua morte não apaga a maldade diplomática, embora tenha sido Nobel da Paz, um título cheio de dúvidas e questionamentos.   

    O imperialismo americano está coroado de paradoxos e contradições na vida do diplomata. A ideia dos “Chicago boys” era exportar a contrarrevolução ao formar pessoas que adquiririam respeito na área econômica, social e política. Estes agentes da contrarrevolução agiam pelo conservadorismo e o estabelecimento do liberalismo. Kissinger viveu demais, não fará nenhuma falta. 

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

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