O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»Opinião»No Divã Em Paris – Razão política e política acéfala
    Opinião

    No Divã Em Paris – Razão política e política acéfala

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt18/05/20244 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    Mário Pinheiro, de Paris

    Martin Heidegger afirma que nada é sem razão, que tudo deve ter uma razão. Não é pretensão nenhuma dizer que a política precisa de desculpas quando a realidade não é favorável. Há poucos anos, por exemplo, um político de pouca importância e de pequeno porte no Ministério do Meio Ambiente, usou termos esdrúxulos para acabar com o Ibama, com a política de proteção ambiental e que a mudança climática era pura invenção.

    Na verdade, ele deu provas de que era vago sua forma de pensar e agir. O vazio é o destaque da falta de razões. Criticar o papel da razão onde o vazio toma todo espaço é um trabalho penoso porque é preciso coragem de desarmar o mentiroso em suas cruzadas, advertir os simples sobre as armadilhas que o sentimento religioso influencia pela arte da retórica, pelo medo e pelas vias políticas.

    Veja mais:

    No Divã em Paris – Solidariedade não tem lado político

    No Divã Em Paris – O Estado e o monopólio da violência

    No Divã em Paris – Liberdade de imprensa e de expressão

    Heidegger aponta Leibniz como o autor de “nada é sem causa” e a causa mais nobre de políticos que visam somente o enriquecimento ilícito e o desvio de verbas para compras secretas de bens ou mesmo de contas offshore.

    A pretensão do político vazio, acéfalo, mas cheio de vontades de estufar o bolso, cai na paranoia. A paranoia, segundo Adorno e Horkheimer, é o símbolo do homem de meia cultivação ou aquele que fala demais pra não dizer nada.

    Numa posição pior que o político “meia boca”, inútil ou paranoico pode estar o eleitor cego que renega a imbecilidade de seu líder. Mas Leibniz assegura que “existe, na natureza das coisas, uma razão para que algo exista em vez de nada”. Hannah Arendt ressalta que esta razão tão necessária ao político, era a fonte de questionamentos de Platão e Aristóteles na vida dos gregos.

     As lições ao príncipe, coordenadas por Maquiavel, é um exemplo de como mostrar o que não se é. Acaso ou não, toda a tropa política que se fez batizar no rio Jordão nos últimos dez anos, acabou presa por corrupção, ou teve o nome ligado a quadrilhas de usurpadores, e no estado de Santa Catarina 21 prefeitos declaradamente bolsonaristas foram presos por corrupção. Ausência de razão transforma o perigo em banalidade, a violência em necessidade, o vazio em visão superior ao espirito.

    A racionalização e os abusos de poder político ficam evidentes. A classe política brasileira, aquela do Congresso que deseja ter a chave do cofre, não tem razão de existir, ela não faria nenhuma falta se engasgassem com pescoço de galinha. Ela é nula, vazia de ideias, o que vale pra ela se resume na falação sem nexo, em ataques desproporcionais, um verdadeiro desserviço à inteligência.

    A maioria, exceto um pequeno número, desconhece a grandeza e o objetivo principal da ação política, a literatura política e sua relação com os eleitores e o Estado que o elegeu. É paradoxal e mesmo contraditório quando, num país que se dizendo laico, o dito cujo se autodenomine religioso, fervoroso, nos antros da casa de lei.

    Para cada doença, vírus ou bactéria existe vacina pra convalescer o paciente, mas ao político que joga contra sua nação, a educação e a saúde, faz de conta que fala com toda razão, ele simboliza o ralo da corrupção, um criador de contas fantasmas, de laranjas e falácias.

    Se viajarmos no tempo e na página dos livros veremos que Aristóteles disse que todo homem é um animal político. Nos últimos anos nos defrontamos com o homem político sem racionalidade. Vemos o animal, mas não o homem.

    E se olharmos Maquiavel sobre suas famosas lições ao príncipe, os príncipes da atualidade se multiplicaram, eles compram mansões sem provar a origem pecuniária; pretensiosamente são contra o meio ambiente; príncipes da religião que ensinam como roubar o fiel.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

    cultura e fim de semana filosofia MÁRIO PINHEIRO NO DIVÃ EM PARIS

    POSTS RELACIONADOS

    No Divã Em Paris – Gaza, na Palestina, é Auschwitz da atualidade

    Opinião 07/06/20254 Mins Read

    No Divã Em Paris – UTI virou refúgio para medroso

    Opinião 03/05/20253 Mins Read

    No Divã Em Paris – As velhinhas de bíblia na mão

    Opinião 12/04/20253 Mins Read

    No Divã Em Paris – O sonho e o medo da realidade

    Opinião 05/04/20254 Mins Read

    Comments are closed.

    As Últimas

    Maioria do STF vota a favor da responsabilização das redes sociais

    BR 11/06/20253 Mins Read

    Desembargador nega HC e Claudinho Serra vai continuar preso por desvios em Sidrolândia

    MS 11/06/20252 Mins Read

    Na era da IA, qualidade não chega com 5G e falhas na telefonia e caladão castigam MS

    MS 11/06/20253 Mins Read

    TCU aprova com ressalvas contas do governo Lula de 2024

    BR 11/06/20253 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.