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    No Divã Em Paris – A vergonha não tem partido

    Especial para O JacaréBy Especial para O Jacaré25/01/20254 Mins Read
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    Michelle Bolsonaro levou uma foto do ex-presidente Jair Bolsonaro para o baile da posse de Donald Trump; ela estava acompanhada do ex-ministro do Turismo Gilson Machado (2º da esquerda para a direita) e de Eduardo Bolsonaro (2º da direita para a esquerda). (Foto: Reprodução)

    Mário Pinheiro, de Paris – O pai do cinismo, Diógenes de Sínope, não tinha vergonha de fazer suas necessidades diante dos passantes e ele praticava também o onanismo sem nenhum escrúpulo. Os gregos, contemporâneos de Platão, sabiam da coragem descabida de moral e faziam de conta que não viam, pois ele não tinha morada, sua casa era o tonel, seus companheiros eram os cães vira-latas.

    Mas a vergonha, embora tenha mudado de lado, não tinha partido até a chegada do século vinte um. Ela se estampa na cara lavada que mente, imprime o erro e faz acreditar, somente aos teimosos e ignorantes, que vale a pena mentir. Para mentir, segundo Nietzsche, é preciso conhecer a verdade. A mentira se baseia em convicções, mas convicções são inimigas da verdade e ainda mais perigosas quando se espalham. A racionalidade, tanto debatida por Sócrates, depois por Aristóteles, São Tomás de Aquino e Descartes, é a melhor maneira de progredir para a virtude.

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    Na mentira não existe virtude, há vergonha porque os mentirosos juram por algo para ter credibilidade. O marido, ou o namorado, que trai a companheira, quando pegos de surpresa, tenta justificar o injustificável, e quer de alguma maneira fazer passar a mentira como se fosse verdade, mas o discurso não se apoia nem na virtude, nem na verdade. O caráter do indivíduo virtuoso ou a qualidade moral da substância social são as realidades compostas de confiança, reciprocidade e entrega.

    As redes sociais do cotidiano são palcos para exposição de imbecis que se sentem orgulhosos para a invenção. No campo da política não é diferente, mas deveria ser o contrário, todo cidadão que ocupa cargo público, eletivo, se tivesse um mínimo de vergonha e caráter, não optaria por lançar sombra no que possui luz. Emannuel Kant, filósofo da crítica da razão pura, enaltece a honra de quem opta pela verdade e joga no esgoto e no lixo o sujeito mentiroso.

    Quem mata, comete o crime. A consciência não é a mesma, mas se o sujeito eliminar outras pessoas, ela assume o cinismo escancarado de mentir que não sabe de nada. Não há crime perfeito, nem mentira que dure. A vergonha é igual na pequena e na grande mentira. No Brasil, dizem que a mentira vira fábula na boca de pescador, mas ele ri dos tolos que compram a falácia como se fosse meia verdade. E por falar em falácia, ao que parece, o convite “oficial” para a posse do presidente Donald Trump, apresentado por meio eletrônico não passa de invenção da inteligência artificial que é capaz de tudo, por isso é que os deputados bolsonaristas pagaram o mico de não entrarem para o triunfo do novo “ imperador”, mas gastaram dinheiro público.

    Esses deputados estão tão orgulhosos de ter marcado presença num evento importante, mas para passar frio e ver a posse pelo telão. Mas neste caso a vergonha tem partido, o PL. Se água e óleo não se misturam, verdade e mentira não se aproximam, porque a primeira tem horror da segunda. Mas a verdade de nada tem vergonha, exceto de ser escondida. A sociedade atual, apesar de todo progresso, é estupida pelo acesso que tem e pela opção em espalhar falsidades.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

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