O vereador Marquinhos Trad (PDT) causou polêmica na sessão desta terça-feira (6) ao profetizar a queda da atual prefeita, Adriane Lopes (PP), que responde processo por compra de votos na Justiça Eleitoral. Ele profetizou que a ex-superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil) será a futura prefeita de Campo Grande.
Marquinhos é evangélico, assim como Adriane e Rose. Ele apoiou a ex-deputada federal, que perdeu no segundo turno para a atual gestora por uma diferença de 12 mil votos.
Veja mais:
Assessora de Adriane que comprou votos com PIX teve 2 salários em outubro, segundo portal
Defesa afirma que Adriane não deu aval nem tinha conhecimento da compra de votos em 2024
Após denúncia de compra de votos, grupo fará adesivagem pelo impeachment de Adriane
O ex-prefeito fez a declaração após o líder da prefeita na Câmara, Beto Avelar (PP), votar a favor do requerimento da oposição, proposto por Luiza Ribeiro (PT), cobrando explicações de Adriane por ter vetado R$ 8,7 milhões para entidades de assistência social.
A medida, considerada maldosa, deverá comprometer o atendimento de cerca de 20 mil crianças e pessoas pobres em situação de vulnerabilidade social. A causa é defendida pelos vereadores. No entanto, Adriane não se incomodou com a impopularidade em vetar a ajuda aos miseráveis ao mesmo tempo em que terá aumento de 66,7% no próprio salário, de R$ 21,2 mil para R$ 35,4 mil.
“Você foi meu líder lá atrás, continua como líder e vou dar uma de profeta aqui, você vai ser o líder da Rose, gravem”, ressaltou Marquinhos, destacando que se tratavam do prenúncio de uma profecia.
O ex-prefeito citou ainda a reunião do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) com os vereadores, que ocorreu no período da manhã. “Pela fala daquele que hoje visitou o parlamento, já se preparem”, disse o vereador, de forma enigmática.
Marquinhos não participou da reunião de Azambuja com os vereadores. No entanto, conforme uma fonte, o relato foi de que a situação de Adriane Lopes não está fácil.
O Ministério Público Eleitoral deu parecer favorável à cassação de Adriane e da vice-prefeita, Camilla Nascimento de Oliveira (PP). O Tribunal Regional Eleitoral ainda não marcou o julgamento que poderá mudar o rumo da política local.
Para a senadora Tereza Cristiana (PP) não deverá mudar muita coisa. Com a fusão do União Brasil com o PP, Rose pode virar a nova pupila da progressista e a prefeitura continuará nas mãos da superfederação presidida pela ex-ministra da Agricultura.