O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»Campo Grande»Fraude nas licitações de tablets e notebooks rendeu propina de R$ 1 milhão, suspeita PF
    Campo Grande

    Fraude nas licitações de tablets e notebooks rendeu propina de R$ 1 milhão, suspeita PF

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt24/05/20256 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    Empresários intermediavam contratações, faziam cotações para justificar preços e dividiam propina com ex-adjunto e ex-coordenadora de Licitações (Foto: Divulgação)

    Os empresários e os dois servidores da Secretaria Estadual de Educação fraudaram licitações para a aquisição de tablets e notebooks e teriam dividido R$ 1,012 milhão em propina, segundo investigação da Polícia Federal. A L & L Comercial e Prestadora de Serviços, dos empresários Leonardo Primo Araújo e Elimar Pereira dos Santos, intermediou o “negócio” e viabilizou o pagamento dos 5%.

    Os mandados de busca e apreensão cumpridos na Operação Vox Veritatis, deflagrada na última quarta-feira (21), foram autorizados pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande. Ele negou pedido da PF para decretar a prisão do ex-secretário-adjunto da Educação, Édio Antônio Resende de Castro e dos empresários.

    Veja mais:

    Outros escândalos, PF mirou empresários e ex-adjunto da Educação por desvios milionários

    Governo diz que colabora com investigação e não há envolvimento de servidores ativos

    PF investiga desvios em contratos de R$ 20 mi na Educação de MS e apreende fortuna em cofre

    Castro e a ex-coordenadora de Licitações e Contratos da SED/MS foram presos na Operação Turn Off, deflagrada pelo Gaeco no dia 29 de novembro de 2023. Araújo foi alvo das operações Mineração de Ouro e Terceirização de Ouro, da PF para investigar corrupção, venda de sentença e peculato no Tribunal de Contas do Estado.

    De acordo com a PF, os empresários caçavam empresas com atas de registro de preços vigentes com outros órgãos públicos para indicarem para Édio Castro. Após o adjunto da Educação dar o aval, em conluio com Andrea Cristina Souza Lima, eles providenciavam as cotações com preços maiores para justificar a contratação da empresa, que pagava “comissão” de 5% para a L & L Comercial.

    O esquema e a propina dos tablets

    “Conversas entre LEONARDO PRIMO DE ARAÚJO e ELIMAR PEREIRA DOS SANTOS indicam que a adesão à ata foi articulada de forma ilícita, com o envio de cotações de empresas controladas pelos envolvidos para dar aparência de vantajosidade econômica. Após a contratação, LEONARDO e ELIMAR firmaram um contrato de intermediação entre a AGIRA e a L&L COMERCIAL, empresa de LEONARDO, para justificar o repasse de 5% do valor do contrato como comissão”, pontuou o juiz Bruno Cezar.

    A Agira Tecnologia e Comércio e Serviços foi contratada a partir da ata de preços da Prefeitura de Angra dos Reis (RJ). Com recursos federais do FNDE (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação), a Secretaria de Educação firmou contrato de R$ 11,930 milhões para a compra de tablets.

    “Em consulta aos dados bancários da empresa L&L Comercial, foi possível constatar créditos da empresa Ágira com os seguintes valores: R$ 423.150,00 (19/05/2022), R$ 112.920,60 (17/06/2022) e R$ 60.450,00 (12/07/2022). A soma de tais valores (R$ 596.520,60) representa exatamente 5% do total recebido pela Ágira do Estado do MS, o que demonstra que a comissão prevista no item nº 3.1 da minuta do contrato de intermediação foi efetivamente paga em benecio da L&L Comercial”, destacou o magistrado.

    A PF apontou conversas por meio do aplicativo de mensagens entre os empresários e Édio Antônio. Os saques de dinheiro logo após o pagamento das notas fiscais coincidiam com os encontros com o secretário adjunto para bater papo ou tomar café. Até conversa da chefe de gabinete cobrando a reunião.

    Contrato para compra de notebooks

    Os empresários indicaram a ata de registro de preço da Secretaria Estadual de Educação do Mato Grosso para a compra de notebooks da Multilaser Indústria. A empresa firmou contrato de R$ 8,320 milhões com o Governo MS em 2022 para entregar os notebooks tipo Chromebook, que seriam distribuídos aos professores do ensino médio.

    “Foi confirmada a realização de pagamentos e saques que coincidem com os encontros pessoais entre os envolvidos, sugerindo o pagamento de propina. As trocas de mensagens de WhatsApp indicam que parte dos recursos pagos à MULTILASER foi destinada ao pagamento de propina a Edio Antonio Resende de Castro e Andrea Cristina Souza Lima, servidores da SED/MS”, escreveu o juiz.

    “Aparentemente, Leonardo conseguiu a informação na SED de que um pagamento de R$ 675.000,00 estava liberado. Desse modo, Marcelo disse que avisaria Edio, e que esse pagamento geraria uma comissão de R$ 101.250,00. Na foto tem o número de PD 9274, mas não é possível saber de qual pagamento se trata”, relatou.

    “Como se vê, os diálogos obtidos dos telefones apreendidos, sequenciados por data, sugestionam fortemente o pagamento de propinas a EDIO ANTONIO RESENDE DE CASTRO e ANDREA CRISTINA SOUZA LIMA (servidores da SED/MS), por meio da atuação como supostos intermediadores e lobistas de contratações públicas na área de educação”, concluiu o juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira.

    “ELIMAR DOS SANTOS auxilia LEONARDO na apresentação de orçamentos postiços e, ainda, na formatação de contrato de intermediação entre a empresa deste, a L & L Comercial, e a Ágira, por exemplo. Diversos diálogos com EDIO e a secretária deste demonstram que saques em dinheiro vivo e movimentações específicas que a eles correspondiam foram feitos em relação a encontros, a reforçar a realidade da dinâmica investigada como pagamento de propinas aos servidores”, destacou o magistrado.

    Gestão anterior

    Os contratos foram firmados em 2022, na gestão ainda de Reinaldo Azambuja (PSDB). Esse foi o principal motivo apontado pelo Ministério Público Federal para se manifestar contra a prisão preventiva dos acusados. O juiz adotou o mesmo entendimento e também citou esse caso para evitar buscas na Secretaria de Educação, no Parque dos Poderes.

    “INDEFIRO a realização de busca e apreensão na Secretaria de Estado de Educação do Estado de Mato Grosso do Sul, haja vista que os investigados EDIO e ANDREA já foram afastados de seus cargos há mais de um ano, não tendo a autoridade policial se desincumbido de indicar a necessidade da apreensão ostensiva de documentos, à míngua de elementos que indiquem a possibilidade de destruição/ocultação de documentos ou a participação de outros funcionários públicos vinculados ao órgão”, destacou.

    Também houve a quebra do sigilo bancário e fiscal dos empresários e dos ex-servidores da Educação.

    3ª vara federal de campo grande aquário de corrupção Capa desvios na educação escândalo gestão reinaldo azambuja juiz bruno cezar da cunha teixeira operação vox veritatis

    POSTS RELACIONADOS

    Sócio de ex-diretor do HU é condenado por falsificação em contratos auditados pela CGU

    MS 23/05/20253 Mins Read

    Secretário de Adriane condenado a 9 anos por corrupção será julgado pelo TJ no dia 5

    MS 23/05/20254 Mins Read

    Outros escândalos, PF mirou empresários e ex-adjunto da Educação por desvios milionários

    MS 21/05/20252 Mins Read

    Ministro cogita unir denúncias contra Waldir Neves para marcar julgamento no STJ

    MS 21/05/20253 Mins Read

    Comments are closed.

    As Últimas

    Saiba como se formaram a Margem Equatorial e o petróleo da região

    BR 24/05/202514 Mins Read

    Turma do TJ mantém ação pelo desvio de R$ 19,3 milhões contra ex-presidentes do TCE

    MS 24/05/20253 Mins Read

    Juíza do trabalho nega pedido de candidato de oposição para suspender eleição da Fetems

    MS 24/05/20254 Mins Read

    Fraude nas licitações de tablets e notebooks rendeu propina de R$ 1 milhão, suspeita PF

    Campo Grande 24/05/20256 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.