A Ecossistema Dakila, do empresário Urandi Fernandes de Oliveira, planeja investir de R$ 50 milhões a R$ 55 milhões para transformar a antiga Estação Rodoviária de Campo Grande, abandonada há 15 anos, em mini shopping. Além de reativar o local, o projeto prevê a geração de 2 mil empregos diretos e indiretos.
Oliveira começou a tirar o projeto do papel com a aquisição das salas comercias no prédio. O empresário contou que já comprou 23 salas. Outras oito estão em negociação. A meta é chegar a 40 salas, com investimento de R$ 3 milhões apenas na compra dos espaços. A meta é obter de 60% a 65% das salas.
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A próxima fase é dar início as obras de reforma do prédio, que inclui parte hidráulica, elétrica e reforma das salas comerciais. A Prefeitura está investindo R$ 24 milhões na revitalização de 10 mil metros quadrados, que pertencem ao poder público, mas a obra segue em ritmo lento e teve a conclusão prorrogada pela 5ª vez.
Oliveira explicou que as empresas do grupo serão as primeiras parceiras do projeto, como a Dakila Pesquisas, 067 Vinhos, kion Cosméticos, Café com Você, Restaurante Allola Restaurante, Zigurats Materiais de Construção, Merkadores, BDM Digital, entre outras.
Inicialmente, ele prevê a criação de 350 empregos diretos e 800 indiretos em seis meses. Para retomar o centro comercial, ele aposta em investimentos de outros parceiros. O projeto já foi apresentado para a prefeitura da Capital.
O investimento, caso concretizado, vai tirar do papel uma infinidade de projetos apresentados pelo poder público ao longo dos últimos anos, mas que nunca saíram do papel. A abandono da região é visível, com ruas nos arredores tomadas por moradores de rua e dependentes químicos. Muitos imóveis estão fechados e outros em ruínas por falta de perspectiva de crescimento.
Carreira polêmica
Urandir Fernandes de Oliveira, 62 anos, chegou a Corguinho em 1992 para investigar o aparecimento de extraterrestres. O ufólogo ficou mais famoso ainda quando o SBT levou reportagem sobre o apareEcimento do ET Bilu, um suposto extraterrestre, que tentou interagir com os humanos, e virou motivo de chacota nacional.
Atualmente, ele é CEO do Ecossistema Dakila, que controla 19 empresas, das quais se destacam um banco digital com moeda própria (BDM Digital); uma marca de vinhos (067 Vinhos); uma empresa área (Air Pantanal); e marca de cosméticos (Kion Cosméticos).
“Vim em definitivo para cá (Corguinho) após um ‘chamado’ para me permanecer no Paralelo 19”, contou em uma entrevista. “Recebi a ‘orientação’ para encontrar um lugar no qual a energia eletromagnética é superior a tudo que existe na Terra. A partir daí, com base em pesquisas, chegamos aos cálculos que essa energia facilita a capacidade de avistamento de fenômenos que fogem à compreensão da física, e assim chegamos ao Paralelo 19”, explicou.
Uma das últimas polêmicas é Ratanabá, uma suposta cidade perdida no meio da floresta Amazônica, que exitiu há milhões de anos e é alvo de estudos da equipe de Urandir Fernandes de Oliveira.
Agora é torcer para que o investimento dê certo e a velha Estação Rodoviária volte a viver o glamour do século passado.