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    No Divã Em Paris – O dilema da incerteza

    Especial para O JacaréBy Especial para O Jacaré09/11/20244 Mins Read
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    Mário Pinheiro, de Paris – Em termos políticos, a incerteza faz parte dos planos de continuidade de quem tem a família bebendo e sugando de cargos eletivos, ou mesmo para proteger o chefe do clã. Nisso a justiça não deve se contrapor, exceto se ela estiver certa de que os erros e acertos dela fazem parte do cotidiano e colaborem com a injustiça.

    Os acólitos que são contratados, às vezes estão diretamente no que se chama nepotismo por serem parentes, recebem um salário digno de secretário do mais alto escalão, mas sabem da regra do jogo que a rachadinha impõe e jamais irão reclamar de injustiça. A certeza deles é de receber um salário, depois rir como hiena desvairada.

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    O graúdo que recolhe vintém por vintém pra comprar imóveis, esse detalhe não entra na cabeça do acólito que vive de aluguel, ele é pobre, mas se acha rico, vota em fazendeiro ou empresário, mesmo que seus dentes sejam amarelos.

    É preciso continuar a iludir o eleitor de que o voto não é inútil, às vezes é fútil, mas se ele não vota, também não reclama da situação. Quando se vota no opressor, o oprimido mete algema na consciência.

    Na hora da incerteza, de ganhar ou não, o melhor é espalhar a dúvida, oferecer o impossível, invocar os valores morais, apelar para acusações e condenações apoiadas em convicção sem nenhuma prova. Como exemplo, no processo da lava jato, o dilema estava envolto de incerteza e elucubrações, não havia certeza de nada. Os procuradores riam como porcos, a imprensa se divertia, o povo era excluído da verdade e mergulhava na incerteza.

    Há retardados que se escondem sob a moral, atacam como se fossem gambás à procura de carniça fresca, mas somente detrás do teclado de um computador.

    Por exemplo, no dilema da incerteza, não tenho nenhuma certeza de que Lessa tenha contado a verdade sobre quem mandou executar Marielle. Os irmãos Brazão choram na deposição e é impossível saber se eles fizeram curso de teatro.

    A pulga atrás da orelha diz que Lessa protege “alguéns”, por isso ainda não recebeu uma salivada de tiros como o ex-policial Adriano, que era intimamente lotado no gabinete de um certo rei da rachadinha Flávio Bolsonaro, aquele que comprou uma mansão em Brasília e pagou em dinheiro. A outra dúvida é se a faca era de plástico porque não havia nenhuma gota de sangue.

    A maneira sublime da ironia de Sócrates, era fazer o outro responder, se contradizer, afirmar e desafirmar pra retirar a verdade do fundo da alma. A contradição é a arma usada pela justiça, mas pode acontecer que ela se engane, seja enganada ou receba uma oferta irrecusável pra vender uma sentença. No caso de Sócrates, ela se enganou em acreditar em dois mentirosos. Os meios para interrogar o acusado evoluíram.

    Mas há tempos se fala em fazer uma reforma do judiciário brasileiro. Seria bom demais. O poder judiciário criou suas próprias leis, seus vícios com autos salários, férias demais em relação a massa de brasileiros. E por falar em vícios, a venda de sentenças é injusto, é quase um tabu, mas escapa e sai pela culatra dos defensores do “não me toque” quando membros do Tribunal de Contas do Estado são proibidos de continuar porque abusaram demais do caixa e compraram fazendas. E os desembargadores que pensavam ser intocáveis, que faziam um trabalho magnífico, justo, acabaram por entrar na lista suja.

    O antro da apologia da dúvida nos tribunais não é um segredo, porque é nos detalhes que se esconde o diabo, mas a dialética se fixa entre certeza e incerteza. Claro que os irmãos Brazão gozavam de influência no Rio de Janeiro, mas o jogo de influência é perigoso quando se trata de quem manda na milícia.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

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